Um jovem de 18 anos foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio de Jhonny Luís Pereira, 30, assassinado a tiros, no dia 22 de abril deste ano, no Bairro Jóquei Clube II, na Zona Norte de Juiz de Fora. O julgamento popular aconteceu na quarta-feira (24), cerca de seis meses após o crime violento, e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão, do Tribunal do Júri. Ele negou ao réu, Leandro Augusto de Lima, o direito de recorrer em liberdade. O rapaz está preso no Ceresp.
Jhonny foi baleado na cabeça e no tórax, na Rua Padre Edmundo Leschnhak, próximo à praça do bairro e à Avenida Antônio Guimarães Peralva. Populares acionaram o socorro, e o Samu constatou o óbito. Após a perícia, o corpo foi encaminhado ao IML. A PM recebeu informações de que, no início da noite, a vítima havia se envolvido em atrito verbal.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu corrompeu um adolescente a praticar com ele o assassinato, motivado por uma dívida de drogas. Os disparos teriam partido de Leandro, mas o adolescente é quem teria buscado a arma. Para o MP, o acusado agiu por motivo torpe e dificultou a defesa da vítima. O júri condenou o réu por homicídio duplamente qualificado, mas o absolveu do crime de corrupção de menores, já que o garoto teria agido a mando de uma terceira pessoa.
Para justificar a permanência da prisão, o juiz destacou que Leandro tem conduta social “desabonadora”, pois, conforme declarações, seria conhecido no bairro por envolvimento com o tráfico de entorpecentes e porte de arma. Além disso, teria atirado “na presença de várias pessoas, causando perigo comum, agindo de forma ousada e sem temor, contando com a impunidade pelo justificável receio das testemunhas presenciais deporem a respeito dos fatos, o que somente foi possível de forma velada”.