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PM apreende fuzil 762 em alçapão de condomínio no Jóquei Clube II

fuzil pm
Foto: Divulgação/PM
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Um fuzil 762 foi apreendido em ação da Polícia Militar, na noite desta terça-feira (24), no Residencial Belo Vale, na Rua José Estevão, entre os bairros Barbosa Lage e Jóquei Clube II, na Zona Norte de Juiz de Fora. A arma de grosso calibre e com alto poder de destruição foi achada no alçapão de um dos blocos do condomínio, junto com 30 tabletes pequenos de maconha. A investida aconteceu após denúncia de que traficantes residentes no local estariam com armamento e drogas. Como o conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida foi cenário recente de episódios violentos e também é alvo constante de denúncias de invasões a residências do programa do Governo federal, os militares seguiram imediatamente para o endereço, iniciando as buscas.

Após explorar o complexo e localizar o fuzil no alçapão da cobertura de um dos prédios, além das porções de maconha prensada, os policiais fizeram rastreamento, mas nenhum suspeito foi encontrado. Todo o material apreendido foi encaminhado à 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha. “Não identificamos os envolvidos porque o local é de difícil acesso. O portão fica fechado, e eles conseguem ver a aproximação da polícia, então correm rapidamente para os apartamentos”, pontuou o comandante da 269ª Companhia da PM, tenente Vinicius Araújo Barroso.

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Segundo o oficial, o tipo de arma localizada surpreendeu a equipe. “O armamento, na verdade, não é um fuzil moderno, mas não deixa de ser de calibre potente, de alta energia. Para nós é uma surpresa. Apesar de já terem sido encontradas outras armas desse tipo em Juiz de Fora, não é comum, é raro. Pelo seu alto poder de destruição nos preocupa ainda mais o fato de estar em um local que tem histórico de violência.”

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De fato, o Belo Vale já foi endereço de homicídio ocorrido no início de setembro e também de outros crimes. No dia 26 do mesmo mês, por exemplo, um adolescente de 15 anos foi apreendido por porte ilegal de arma de fogo após denúncia de disparos no residencial. Diante da presença de viaturas, o suspeito correu com a mão na cintura por uma das laterais e retornou ao pátio em seguida. Na manobra, ele teria dispensado um revólver calibre 32, carregado com seis munições, encontrado embaixo de uma escada. O jovem assumiu a propriedade da arma e admitiu que ficava armado no local devido a rixas entre grupos do Jóquei II e Parque das Torres.

“Estamos dando atenção especial ao complexo desde março, temos dedicado um foco maior”, garantiu o capitão Vinicius, acrescentando que a área é zona de confronto entre moradores dos dois bairros citados. “Esse conflito, conforme nosso serviço de inteligência, é resultado do racha de uma gangue que comandava as duas regiões. Os líderes estão presos, mas as ações criminosas tiveram prosseguimento com adolescentes, jovens e parentes que permaneceram em liberdade”, explicou o comandante. Além do tráfico de drogas, a motivação para as disputas seria a própria rivalidade de bairros.

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Também no mês passado, a Polícia Civil iniciou uma força-tarefa para inibir ações criminosas nos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida. A Operação ProteJá começou orientando moradores a realizar denúncias anônimas pelo número 197.

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