Ícone do site Tribuna de Minas

Cadela Ayra morre após ser encontrada com ferimentos

Ayra21
PUBLICIDADE

Após ser encontrada com ferimentos e ter sido diagnosticada com cinomose – doença neurológica altamente contagiosa, provocada por vírus- a cadelinha Ayra morreu na última quinta-feira (23), três dias após ser resgatada. A informação foi repassada nesta sexta-feira pela delegada Larissa Mascotte Carvalhaes, titular do Núcleo de Atendimento a Ocorrências de Maus-Tratos aos Animais da Polícia Civil, que investiga o caso.

A cachorra estava em um escadão do Bairro Santa Luzia, na Zona Sul, nas proximidades da UPA com inúmeras feridas, afundamento de crânio e lesões na boca, já bastante debilitada e desidratada. Ayra – nome dado à cadelinha após o resgate – que, segundo moradores do bairro, vivia na rua e era alimentada pela vizinhança, teria apresentado quadro de melhora, sem convulsões, no entanto, não resistiu. “Fizemos exames físicos, e ficou constatado que ela não foi atropelada. Possivelmente ela teria sido vítima de espancamento”, disse a veterinária Adriana Villas, responsável pelo atendimento a Ayra.

PUBLICIDADE

Testemunhas foram ouvidas e disseram suspeitar que a cachorra foi espancada, mas não apresentaram suspeitos. Segundo Larissa, a Polícia Civil aguarda imagens do circuito de monitoramento instalado próximo ao local em que a cachorra foi encontrada para analisar e confirmar ou não tais suspeitas. As investigações prosseguem.

PUBLICIDADE

Cadela Amora

O Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos contra Animais também investiga as circunstâncias da morte da cadela Amora, encontrada sem vida debaixo do viaduto do Bairro de Lourdes, no dia 12 de agosto. Nesta sexta-feira, mais uma testemunha que presenciou o atropelamento da cadela foi ouvida. “O morador afirmou em depoimento que estava varrendo a frente de sua residência, quando teria visto a cachorra na linha férrea balançando a cabeça, parecendo que seu colar de abajur tinha se prendido aos trilhos do trem”. O homem disse ter corrido, mas não chegou a tempo de salvar o animal, não sendo possível evitar o atropelamento. Outra testemunha ainda é aguardada para que a investigação seja concluída.

Conforme Larissa Mascotte, todas as hipóteses estão sendo apuradas, tanto a de atropelamento da cachorra por um trem quanto a de maus-tratos, inclusive se o animal teria sido preso aos trilhos. A policial já havia descartado a hipótese de o corpo do animal ter sido atravessado por um pedaço de pau. Segundo laudo radiográfico, a cadela teve fratura do osso frontal do crânio, fratura de coluna, fratura de uma costela e de uma vértebra na parte inferior da coluna e pneumotórax. Além disso, apresentava diversas lacerações cutâneas e proptose (deslocamento) do globo ocular esquerdo, o que pode ter acontecido devido a uma pancada forte.

PUBLICIDADE

Uma campanha para encontrá-la ganhou as redes sociais por iniciativa de pessoas ligadas à proteção animal, que agora querem justiça por meio da identificação e punição dos responsáveis pela morte da cadela, caso seja comprovado o crime. A mobilização no Facebook ainda pede que os usuários troquem suas fotos do perfil pela imagem da cadela. A ideia é não deixar que o caso fique impune e lembrar de outros episódios de violência contra animais. A cachorra fugiu da casa de sua dona, no Bairro Santa Terezinha. De acordo com a proprietária, Paula Furtado de Mendonça, de 42 anos, o portão dos fundos da residência, que está em obra, ficou aberto para o serviço dos pedreiros, favorecendo a fuga do animal. Ela e seus familiares iniciaram uma busca pela cadela, que só foi encontrada no dia seguinte, já sem vida.

Sair da versão mobile