Terminou na noite desta segunda-feira (25) o trabalho de recuperação asfáltica na Avenida Itamar Franco, próximo à Curva do Lacet, onde uma rede de água da Cesama havia se rompido no domingo (24), comprometendo a malha viária. A substituição da rede rompida foi finalizada ainda no domingo, mas a Empav precisou atuar nesta segunda para recompor o asfalto no trecho interditado, na pista de descida, próximo ao Hospital Monte Sinai, até por volta das 19h. Esta foi a terceira vez, em cerca de três anos, que o pavimento no trecho ficou danificado em razão de rompimento de rede da Cesama. A companhia pretende fazer avaliações para identificar o que pode estar ocorrendo e não descarta defeito no lote da tubulação, colocada há cerca de 15 anos. A substituição de toda a rede também será avaliada.
A tubulação que se rompeu sob o asfalto faz parte do sistema de abastecimento de água na cidade, sendo responsável por levar água para os bairros Teixeiras e Cascatinha, ambos na Zona Sul. De acordo com a Cesama, em momentos de pico de consumo, os canos transportam até 45 litros de água por segundo. E, quando há o rompimento, a terra que fica entre a rede e o asfalto se encharca, deixando o pavimento oco. Com o peso dos veículos que passam sobre a pista, o asfalto se rompe. Conforme a companhia, o rompimento não resultou em impactos no abastecimento da região.
No início da manhã desta segunda, por volta das 7h20, os fiscais não estavam na via, e muitos motoristas furavam o bloqueio, passando os carros sobre as crateras que se formaram no local. O supervisor de fiscalização de Transporte e Trânsito, Cosme Rogério Vasquez, informou à Tribuna que seis agentes seriam deslocados, por turno, para o local.
Impactos no trânsito
Por causa do fechamento da via, que tem importante papel para o fluxo de veículos da Cidade Alta para a Zona Sul, a segunda-feira foi de impactos negativos no trânsito do entorno. Segundo a Settra, a situação foi mais evidente nos horários de pico no Campus da UFJF, no entorno da Avenida Itamar Franco e na Rua Vicente Begheli, no Bairro Dom Bosco. O único fluxo permitido na área interditada era dos carros que precisavam acessar o edifício de clínicas médicas do Hospital Monte Sinai.
Cesama pretende substituir toda a rede
Esta não é a primeira vez que a rede de água se rompe no mesmo local. Em agosto de 2016, a via foi totalmente fechada na pista de descida devido a um rompimento, que deixou a avenida interditada durante um dia inteiro. No ano anterior, no mês de junho, a pista sentido Centro ficou com as duas faixas de descida fechadas por aproximadamente 19 horas por causa do mesmo problema.
De acordo com o diretor técnico-operacional da Cesama, Márcio Augusto Pessoa, ainda não há causas diagnosticadas que justifiquem os constantes rompimentos da rede, que possui diâmetro de 250 milímetros, o que significa ser uma tubulação preparada para receber grande volume de água.
“Tudo leva a crer que é um problema no lote do material, do tubo. Esta obra foi feita há mais de 15 anos, e é a terceira vez que acontece neste mesmo ponto.” No fim da tarde, a Cesama informou que existe a ideia de substituir toda a rede, mas este trabalho depende ainda de novos estudos e avaliações, o que será feito.