Militares de Juiz de Fora que estão na ativa estão sendo convocados para comparecer a unidades do Exército depois do pronunciamento do presidente Michel Temer que autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros. De acordo com o assessor da 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha), coronel Malbatan Leal, o chamamento teve início na tarde desta sexta-feira (25), mas afirmou que não significa que os militares irão atuar de imediato.
“Houve um chamamento do comando da Brigada para que, naturalmente, haja, no primeiro momento, fruto do que já foi divulgado, o emprego das forças federais. De qualquer forma houve o comunicado para que se faça a realização dos planejamentos necessários para que essa ação possa ser apoiada. Isso não quer dizer que vai haver o emprego destes convocados, mas de forma preventiva já serão desencadeados os planejamentos e deliberações.”
O coronel não informou numericamente quantos militares foram convocados na cidade, mas garantiu que todos serão chamados e cada um deverá se apresentar na sua unidade de trabalho. A convocação aconteceu por e-mail e telefone. À tarde, o oficial já havia informado que as tropas de Juiz de Fora estariam de prontidão e o acionamento seria feito após autorização do comandante do Exército, general, general Eduardo Villas Boas.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que o ministro Joaquim Silva e Luna reuniu-se, na tarde desta sexta-feira, com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, com o seu chefe de Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e com o comandante de Operações Terrestres do Exército para definir as atividades a serem desencadeadas pelas Forças Armadas, a fim de possibilitar o retorno à normalidade das atividades no país. “As Forças Armadas serão empregadas em reforço às ações federais e estaduais, disponibilizando meios em pessoal e material para: distribuição de combustível nos pontos críticos; escolta de comboios; proteção de infraestruturas críticas; e desobstrução de vias e acessos às refinarias, bases de distribuição de combustíveis e áreas essenciais, a fim de evitar prejuízos à sociedade.” Por fim, a nota afirma “o emprego das Forças Armadas será realizado de forma rápida, enérgica e integrada”.