As investigações em torno do corpo encontrado carbonizado na Estrada de Caeté, na manhã do último dia 23, apontam que Marcos Alexandre Araújo Carneiro, 42 anos, pode ter sido assassinado devido a desavenças envolvendo seu veículo de trabalho. A informação foi repassada pelo delegado da Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, que colheu depoimentos de familiares da vítima nesta quarta-feira (25). Conforme os parentes, Marcos não possuía desafetos e era conhecido como uma pessoa tranquila e sem envolvimento com drogas. Inicialmente a Polícia Militar registrou a ocorrência como encontro de cadáver, mas classificou o fato como homicídio, já que o corpo apresentava sinais de violência e estava carbonizado.
Um inquérito foi aberto, e a Polícia Civil trabalha com a linha de investigação de que o suspeito do crime seria morador da cidade de Três Rios (RJ), onde também residia a vítima. As apurações mostram que eles eram conhecidos e “tinham muito contato”, como afirmou o delegado.
De acordo com Rolli, a caminhonete que era utilizada pela vítima para serviço de frete teria sido emprestada ao investigado. Já em sua posse, o suspeito se envolveu em um acidente de trânsito, que deixou o automóvel danificado. Marcos teria sido atraído a Juiz de Fora sob alegação de que a caminhonete seria consertada. A informação era de que o rapaz estaria com a quantia de R$ 10 mil destinada aos reparos.
“A vítima vinha tentando negociar o conserto, e a pessoa que utilizou o carro marcou um encontro com ela na cidade. Às 21h de domingo, Marcos fez o último contato com a família, e às 22h40, desembarcou na rodoviária. Uma pessoa o recepcionou.” As imagens das câmeras de segurança do terminal foram solicitadas para que se faça a análise comparativa entre o suspeito e quem recebeu a vítima. A polícia deverá ter acesso aos arquivos ainda nesta semana.
Conforme as apurações, Marcos Alexandre vinha a Juiz de Fora esporadicamente e não teria motivos, além do já apontado, para estar na cidade naquela data. “Ele não tinha contato nenhum aqui, tanto que veio de ônibus. Não encontramos o celular dele, o que dificulta o acesso às conversas anteriores ao homicídio”, diz Rolli. A expectativa é que, nesta quinta (26), policiais de Juiz de Fora sigam até o município fluminense para realizar diligências afim de elucidar os fatos. O episódio é investigado conjuntamente entre as policias de Juiz de Fora e Três Rios