Atualizada às 13h15
Cerca de um mês após a Escola Estadual Professor Sebastião Patrus de Sousa, no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste, ter sido alvo de ações de vândalos, outra instituição de ensino de Juiz de Fora amanheceu com rastros de destruição provocados por invasores. A ação criminosa desta vez aconteceu na madrugada de domingo (24) na Escola Estadual Henrique Burnier, no Bairro Poço Rico, região Sudeste da cidade.
Segundo informações da diretora do colégio, Fabiana Receputi, bandidos teriam adentrado a escola por volta das 3h15, arrombado a porta da secretaria e levado dois computadores que estavam no local. O sistema de alarme, no entanto, teria denunciado a situação. Com isso, a empresa de segurança que presta o serviço acionou a Polícia Militar, que conseguiu recuperar os objetos em uma mata próximo ao colégio. Conforme relato policial, militares fizeram uma varredura em todos os cômodos da instituição e rastreamento em ruas da região, sem, no entanto, localizar nenhum suspeito.
Cerca de três horas depois, os vândalos teriam retornado ao local, buscando novamente arrombar a secretaria. Ao se depararem com a fechadura trocada e com a grade que protege a porta fechada, eles atearam fogo próximo ao mural da sala.
“Como moro perto, rapidamente cheguei ao local. O Corpo de Bombeiros foi chamado e também chegou imediatamente. A preocupação é de que as chamas alastrassem pelo telhado de madeira. Muitos moradores escutavam de suas casas os estalos do mural sendo consumido pelas chamas”, relata a diretora. Além do fogo, lixo e cola foram espalhados pela instituição. “Pelo espaço da grade, muito lixo foi jogado para dentro da secretaria. Já na máquina de xerox, eles derramaram cola”, lamenta a direção.
Dois boletins de ocorrência foram registrados junto à PM. Conforme a diretora, o caso também será comunicado à Superintendência Regional de Ensino (SRE). “Já tivemos casos, em direções passadas, de furtos na escola. No entanto, foi a primeira vez que atearam fogo. A comunidade está sensibilizada e disposta a nos ajudar”, diz.
Mesmo com o incidente, as aulas foram retomadas normalmente nesta segunda-feira. Após a limpeza de todo o local, realizada ontem, as marcas do fogo ainda podem ser vistas na parede próximo ao ponto incendiado.
No dia 22 de março, a Tribuna publicou matéria discutindo as ações criminosas nas escolas da cidade. Com o episódio de domingo, são, pelo menos, 11 casos registrados em Juiz de Fora somente em 2016.