Em movimento paredista desde o dia 20, os servidores públicos municipais de Juiz de Fora realizam nova assembleia sobre a Campanha Salarial 2024 nesta terça-feira (26), a partir das 9h, no pátio da Prefeitura (PJF). Nesta segunda, houve mais um ato “para reforçar o pedido de um salário digno”. Usando roupas pretas, os manifestantes fizeram concentração no PAM Marechal e saíram em passeata em direção à sede do Executivo municipal, passando pelas avenidas Rio Branco e Getúlio Vargas e pelas ruas Marechal Deodoro e Floriano Peixoto.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu-JF) não calcula o percentual de adesão ao movimento, mas assegura manter os 30% exigidos por lei, enquanto a PJF garante que não houve qualquer interrupção nos serviços prestados pela categoria. “As negociações continuam”, afirma a Administração.
De acordo com o Sinserpu, na segunda, o secretário municipal de Recursos Humanos, Rogério Freitas, recebeu uma comissão dos trabalhadores e confirmou a proposta apresentada na última sexta: reposição salarial de 4,62% (IPCA do período), retroativo a janeiro; reajuste no teto para recebimento do vale alimentação, passando de R$ 3.960 para R$ 4.236 (três salários mínimos), além de reajuste no tíquete alimentação, de R$ 400 para R$ 500, ampliando o benefício para 3.050 trabalhadores.
“Os sindicalistas, no entanto, argumentaram que a proposta é aquém da aprovada na assembleia dos trabalhadores, referente à Campanha Salarial 2024: IPCA mais ganho real de 10% e tíquete alimentação de R$ 600, para todos.” Com isso, as conversas prosseguem, em meio ao movimento grevista.
No fim da tarde desta segunda, a PJF divulgou uma nota confirmando a proposta a trabalhadores que “recebam remuneração até o limite de R$ 5.000 no salário base, alcançando portanto a 5.040 pessoas, 63% da força de trabalho do município”. O Município ainda destacou que no início do atual Governo, “o número de trabalhadores contemplados era de 2800 pessoas. O crescimento que propomos é um acréscimo de 56% no número de beneficiados”.
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Repúdio
No último fim de semana, a direção Sinserpu e o comando de greve dos servidores públicos publicou nota de repúdio contra a retirada de faixas que haviam sido afixadas pelo sindicato nos setores de urgência e emergência de saúde, informando a população sobre a greve em curso. “Repudiamos de forma veemente esse desrespeito e pedimos o apoio da sociedade juiz-forana para a nossa causa.”