Médicos residentes de todo o país realizam nesta quinta-feira (24) um ato em razão do “Dia da valorização da residência médica”, encabeçado pela Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR). Em Juiz de Fora, cerca de 40 residentes do Hospital Universitário (HU) participaram de uma manifestação em frente à unidade do Santa Catarina, e seguiram em passeata até o Parque Halfeld, onde pretendem ficar até o final da tarde. Com a paralisação das atividades no dia de hoje, consultas e cirurgias foram suspensas, sendo mantidos apenas os atendimentos e procedimentos de urgência. Nesta sexta (25), o funcionamento volta à normalidade.
Segundo um dos representantes dos médicos residentes do HU, Lucas Chaves Simões, a proposta da ação é alertar a população sobre a valorização do médico residente, assim como melhorias no ensino médico, na estrutura dos hospitais públicos e equiparação da residência ao programa “Mais Médicos”. “A população tem a impressão que não tem médicos, sendo que na verdade há recurso humano, o que faltam são os insumos. Já deixamos de fazer cirurgias e outros procedimentos por não ter material”, destacou.
Estima-se que existam hoje 160 médicos cursando a residência no HU. No entanto, há outros profissionais realizando o curso em outros hospitais públicos como o Hospital Maternidade Terezinha de Jesus, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Regional João Penido (Fhemig) e o Instituto Oncológico – Hospital 9 de Julho. Os organizadores locais não informaram sobre a adesão nestas outras unidades.
Segundo informações da ANMR, o movimento é 100% suprapartidário e é amparado pelo Código de Ética Médica (capítulo II, artigo V), e deverá seguir a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 1451/1995 e Processo-consulta CFM nº 6155/2001, mantendo o efetivo mínimo de urgência e emergência de 30%. O médico residente cumpre carga horária de 60 horas semanais e recebe uma bolsa-auxílio de R$2.900, com os descontos, o valor cai para R$ 2.600.