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Adolescente confessa homicídio no Dom Bosco

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Adolescente presta depoimento na delegacia ( Foto: Olavo Prazeres)
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Um adolescente de 16 anos confessou na manhã desta sexta-feira (24) à Polícia Civil ter disparado os tiros que mataram João Vitor Vieira, 24, na manhã do último domingo, no Bairro Dom Bosco, na Cidade Alta, em Juiz de Fora. O jovem alegou ter tido motivações passionais para cometer o assassinato, mas, conforme o delegado de Homicídios Carlos Eduardo Rodrigues, a suspeita é de que o crime esteja relacionado a outro homicídio ocorrido no bairro. O adolescente alegou ter dispensado a arma usada na ação no lago do Campus da UFJF. Para a polícia, no entanto, é provável que o revólver esteja nas mãos de outra pessoa, já que investigações apontam que o um adulto teria fornecido a arma.

[Relaciondas_post] O assassinato aconteceu em um escadão na Rua João Beghelli, mesma via onde o adolescente e a vítima eram vizinhos. Alvejado por dois tiros no tórax, João Vitor chegou a ser socorrido por familiares e foi levado para o Hospital Monte Sinai, onde foi reanimado e transferido para a sala de cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. O suspeito ficou escondido por dois dias e, ao retornar para casa, na terça-feira, foi abordado pela Polícia Militar e confessou o crime, mas não estava mais em situação de flagrante, sendo registrado um boletim de ocorrência.

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“Esse crime teria ligação com outro homicídio consumado também ocorrido no Dom Bosco. O adolescente alega que a motivação seria rixa dentro do próprio bairro. É uma hipótese que não vamos descartar, mas não é a que estamos trabalhando”, disse o delegado. Segundo ele, o trabalho prossegue para apurar a participação de um adulto, que teria fornecido a arma de fogo. “Já temos a qualificação e a identificação dele e, na próxima semana, pretendemos ouvir as outras pessoas.” Ele também pretende obter o depoimento de outros dois adolescentes que o suspeito apontou como comparsas.

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Carlos Eduardo informou que o procedimento relacionado ao adolescente será encaminhado à Vara da Infância e Juventude com pedido de acautelamento provisório no Centro Socioeducativo. Ainda conforme a polícia, o jovem já era suspeito de ter cometido duas tentativas de homicídio, e, por uma delas, chegou a ficar acautelado, até o fim de dezembro.

A mãe do adolescente, uma doméstica de 41 anos, acompanhou o filho à delegacia e se limitou a dizer que não tem mais controle sobre o rapaz, o qual, segundo ela, abandonou a escola aos 14 anos, quando estava no oitavo ano. Uma irmã dela, 42, também ajudou a criar o jovem, que possui irmãos apenas por parte de pai. Ela contou que ele chegou a participar de projetos sociais quando mais novo, mas “preferiu essa vida”. “Queremos que ele seja acautelado e mude, porque não o criamos para isso”, desabafou a tia.

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