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Alunos reclamam de fechamento repentino de curso

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Alunos e professores do Curso Professor Ricardo Musse, localizado no Centro de Juiz de Fora, reclamam do fechamento repentino do colégio, cujas atividades ocorriam há décadas na cidade. Segundo relatos dos estudantes, os responsáveis pela instituição teriam comunicado o fechamento da unidade em fevereiro, sem maiores satisfações. “Muitos alunos foram prejudicados, porque tivemos que nos virar para procurar uma nova escola”, conta a estudante Júlia de Almeida Patrício, 16 anos. De acordo com a jovem, a maioria dos alunos efetuou o pagamento de cerca de R$ 500, referentes à mensalidade de fevereiro, mas não teve acesso às aulas. “Simplesmente falaram que iriam fechar a escola e que nos devolveriam o valor da mensalidade, mas até agora (março), nada”.

Os estudantes também alegam estar encontrando dificuldades para ter acesso a documentos como o histórico escolar, necessário à matrícula em outras instituições de ensino. Esse é o caso do aluno João Lucas Gonçalves Dias, 16. “Não estou conseguindo a documentação para entregar à nova escola em que me matriculei”, afirma o estudante que pretende cursar o 3º ano do ensino médio este ano. Os jovens também relatam não conseguir contato com o colégio. Cerca de cem alunos estudavam no Curso, que é focado no ensino médio e pré-vestibular. A estudante Júlia lamenta a situação. “Estou decepcionada, porque não tinha o que reclamar do colégio, cursei o 1º e 2º ano lá, estava acostumada com os professores”.

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Os docentes do curso também afirmam ter sido prejudicados com o fechamento da escola. Muitos dizem estar com salários atrasados, sem conseguir falar com os responsáveis. O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF) disse à Tribuna não ter recebido reclamações. No Procon Juiz de Fora, há reclamações sobre a empresa, mas que elas ainda serão analisadas. A reportagem também entrou em contato com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe/MG), que explicou que a instituição não é associada ao Sinepe.

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Responsáveis dizem que irão cumprir as obrigações

Em contato com a Tribuna, o setor jurídico do curso confirmou o encerramento das atividades da instituição. Conforme os responsáveis, a escola já vinha, há alguns anos, sofrendo com a inadimplência por parte dos alunos, circunstância que teria piorado após a pandemia de Covid-19. Segundo o setor, a instituição perdeu cerca de 50% dos alunos desde 2020. “O colégio tentou, até o último momento, formar turmas para continuar as atividades este ano, mas não conseguiu. Com isso, não teria condições de continuar com as atividades e prestar um serviço de qualidade, além de não conseguir pagar os professores, então resolveram fechar as portas.”

Ainda de acordo com o setor jurídico do colégio, de fato, não houve reunião com os alunos para que a situação fosse explicada. Entretanto, afirma que o curso disponibilizou um número de telefone para contato com os estudantes e que tem expedido os documentos que são solicitados. Quanto a mensalidades que teriam sido pagas em fevereiro, afirma que estar tentando fazer acordo junto ao Procon.

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A instituição afirma ter se reunido e comunicado a situação aos professores, admitindo as dificuldades para acertar os débitos com a categoria. Mas alega que, “ao poucos, irá chamar todos para fazer o acerto final de contas”.

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