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Investigada por atropelamento fatal em JF será reintimada a depor

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A auxiliar administrativa de 35 anos, investigada no caso do atropelamento com omissão de socorro, que culminou na morte de um idoso, de 65 anos, será reintimada a depor. De acordo com o titular da 3ª Delegacia e responsável pelas apurações, Rodolfo Rolli, cinco pessoas já foram ouvidas como testemunhas no inquérito, e o veículo da suspeita foi o único visto no mesmo horário e local em que ocorreu o acidente, na noite do dia 13, no Acesso Norte, quase esquina com a Rua Augusto Mariani, no Bairro Industrial. Paulo César Visoná, conhecido Paulinho mecânico, morava a poucos metros dali e não resistiu, falecendo horas depois no HPS.

“Todos os indícios levam a crer que a investigada foi quem atropelou e não prestou socorro. Vamos reintimá-la, para a próxima semana, para ver se ela mantém o depoimento inicial (no qual negou), ou não, diante das evidências apresentadas”. Ainda segundo o delegado, o exame de necropsia reforçou a suspeita de que o carro envolvido no atropelamento teria passado por cima da vítima e a arrastado. “Ele sofreu mais lesões na parte superior do corpo do que na inferior. Teve fraturas nas costelas de ambos os lados, fratura exposta no braço e ferimentos no rosto.” As múltiplas lesões, inclusive traumatismo craniano, seriam compatíveis com a situação descrita do acidente.

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O delegado aguarda o resultado dos laudos da perícia realizada no veículo da investigada e do levantamento de local para confirmar onde teria ocorrido o ponto de impacto. O resultado definitivo da necropsia também depende de exames toxicológicos e de embriaguez da vítima, que são de praxe, conforme Rolli.

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‘Muitas escoriações como se tivesse sido arrastado’

As últimas pessoas ouvidas nesta semana foram uma enfermeira do Samu que atendeu o mecânico e um sobrinho de Paulinho. Conforme o delegado, duas unidades básicas e uma terceira de suporte avançado foram mobilizadas no socorro, que incluiu manobras de reanimação após parada cardiorrespiratória. “A enfermeira também fala que ele teve muita escoriação como se tivesse sido arrastado.”

Na semana passada, já havia prestado declarações o motoboy, que foi o primeiro a parar e a prestar socorro, interceptando uma ambulância do Samu que passava pelo local. Ele contou que, enquanto trafegava pela região para fazer uma entrega, teria observado o veículo da investigada passar por ele. Mais adiante, ele viu a vítima caída no asfalto e parou para ajudar. Um frentista que trabalhava nas imediações disse ter ouvido a vítima gritar por socorro e também avistou o carro suspeito. Já um vizinho relatou ter passado pelo local antes do acidente. Ao retornar, cerca de cinco minutos depois, o atropelamento já havia ocorrido e ele também teria visualizado o veículo da mulher.

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Investigada negou envolvimento no acidente

Ao prestar depoimento na semana passada, a auxiliar administrativa negou qualquer envolvimento no acidente. Ela foi intimada porque imagens de câmeras de segurança mostraram o carro dela saindo de marcha à ré da garagem de uma casa, nas imediações de onde ocorreu o atropelamento. Em outra gravação, o automóvel passa pelo local, também próximo ao horário do acidente, ocorrido por volta das 22h.

Ao ser questionada, a mulher disse ter saído da casa da mãe dela para buscarem seu filho em sua residência, na mesma região, retornando ao endereço depois. A mãe dela acompanhou o depoimento da filha e confirmou as informações. A família de Paulinho aguarda a conclusão das investigações e diz esperar por justiça.

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