A classificação antecipada com as quatro vitórias seguidas no Módulo II do Campeonato Mineiro não ocultou a necessidade, identificada pelos profissionais do Tupynambás, em reforçar o grupo de trabalho para a disputa do hexagonal final da competição. A consequência, aliás, foi oposta. Preocupados com o número de jogos e viagens em curto período de tempo, o técnico da equipe, Lúdyo Santos, e o diretor de futebol, Alberto Simão, admitiram a busca por reforços não apenas para dentro das quatro linhas.
“Para o hexagonal vamos precisar sentar, planejar, já temos conversas com alguns atletas, porque a competição muda muito. Existe um planejamento da Federação de acabar com o campeonato no dia 20 de maio, porém, o Boa Esporte estreia (na Série B) no dia 13 e, se realmente se classificar, pode ser que os jogos passem a ocorrer toda quarta e sábado em cidades distantes quase 700km. Aí vamos precisar ter mais variações, um grupo de atletas maduro para suportar as demandas do jogo. Hoje temos 22 jogadores, sendo que seis deles ainda têm idade sub-20”, explica o comandante do Leão.
Alberto vai além. O empresário vê como primordial a chegada de profissionais em mais de um setor do clube. “É um processo natural e gradativo. Mentiroso é quem fala que o grupo está fechado até porque é enxuto e, com o Boa Esporte na Série B, vamos ter, ainda, uma maratona de jogos. Serão cerca de 10 partidas em menos de 50 dias, então precisamos de um elenco mais competitivo. O difícil é acertar o jogador pelo seu perfil. Temos um grupo fechado e imbuído no acesso e os atletas devem chegar nesse espírito e com essa característica. Estamos buscando reforçar o clube em todas as áreas. Não queremos apenas jogadores. A comissão técnica, por exemplo, pode ter novidades”, antecipa.
Em campo
O grupo do Baeta volta aos treinos na próxima terça (28) e tem apenas um compromisso pela primeira fase do Estadual, em duelo contra o Social, dia 1º de abril, em Coronel Fabriciano. Até lá, Lúdyo já sabe para onde direcionar o trabalho. “Precisamos melhorar nossa dinâmica. O grupo tem que se fortalecer para anular as jogadas do adversário e construir jogadas no tempo certo. O Betinense (na última quarta-feira) conseguiu nos envolver porque nossa marcação estava andando no tempo errado. Um, dois segundos que a abordagem acontecia e a bola já ia para outro setor. Então temos que melhorar essa intensidade e dar maior padrão de jogo coletivo”, avalia.