O juiz-forano Guilherme Smith, 18 anos, tenta deixar a Ucrânia e retornar ao Brasil diante da invasão das tropas militares russas ao país onde mora, por jogar no clube Zorya. Na manhã desta quinta-feira (24), Guilherme divulgou um vídeo em seu Instagram pedindo ajuda das pessoas para que o Governo federal tomasse conhecimento de sua situação e pudesse auxiliar em seu retorno. Nesta publicação, ele aparece ao lado de dois companheiros de time – Juninho, natural de Santana de Cataguases (MG) e ex-Tupi, e o gaúcho Cristian Fagundes -, além de Vitória, esposa de Juninho e do filho deles. Guilherme está na cidade de Zaporizhzhya, que fica a mais de 500 km da capital Kiev, mas a cerca de 200km de Donetsk, que é uma área de conflito.
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A Tribuna mantém contato com o pai de Guilherme, Luiz Cláudio de Carvalho, mais conhecido como Claudinho, ex-jogador de Sport e Tupi, que está em Pouso Alegre, no Sul de Minas. À reportagem, ele afirmou que o clube ucraniano conseguiu, ainda pela manhã (no horário de Brasília), a autorização para que o filho deixasse o Leste Europeu. No entanto, até o início da noite desta quinta, Guilherme e os companheiros de time ainda buscavam uma forma de viabilizar esta logística.
“Estamos muito apreensivos. Até então, as notícias eram de tranquilidade, de que nada aconteceria. Mas amanhecemos e recebemos notícias nessa madrugada de tudo o que está acontecendo e ficamos preocupados. A gente está em pânico. Temos falado com o Guilherme sempre que ele pode. Ele está na casa do Juninho, atleta de Santana de Cataguases, ex-tupi e companheiro de time de Guilherme e do Cristian, também jogador brasileiro. Estava aguardando ordens do clube para ver o que poderiam fazer e, há algumas horas, foram autorizados a deixar o país. Por enquanto é tudo o que sei”, conta Claudinho, que segue buscando formas de tirar o grupo do território ucraniano.
A mãe de Guilherme, Sueli Carvalho, também foi às redes sociais para pedir ajuda às autoridades brasileiras. “Estou no Brasil, muito preocupada porque as notícias que chegam não são boas. E peço a todos que ajudem os brasileiros que estão lá, não só meu filho. Estou muito preocupada, me ajudem”, reforçou.
Já o companheiro de time de Guilherme, o lateral-esquerdo Juninho, se posicionou, também pelo Instagram, em relação à possibilidade de terem deixado o país europeu antes das invasões. “Vejo vários comentários na internet de pessoas perguntando porque não saímos antes, que já tinha mais de um mês. As pessoas pensam que é dessa forma, mas infelizmente nem tudo são flores. Temos nosso trabalho, filhos, família, e se fosse simples de ir embora, podem ter certeza de que já teríamos feito.”