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Está acautelado adolescente que atacou professora na UFJF

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[Relaciondas_post] Está acautelado no Centro Socioeducativo Santa Lúcia, na Zona Norte, o adolescente, 17 anos, detido após atacar e roubar uma professora da UFJF na Faculdade de Engenharia. O episódio, registrado na manhã da última terça-feira (23), mobilizou estudantes da universidade e causou dúvidas sobre uma suposta intenção do suspeito em estuprar a vítima. De acordo com o coordenador do Comissariado de Menores da Vara da Infância e da Juventude, Maurício Gonçalves Alvim, o adolescente foi ouvido na mesma noite do crime por um promotor. A juíza Maria Cecília Stephan acolheu a representação da promotoria e do delegado, pedindo o recolhimento do jovem, que ficará acautelado de forma provisória, por um período máximo de 45 dias.

Segundo Maurício Alvim, durante este prazo, irão ocorrer audiência de apresentação, instrução e julgamento. As três etapas, segundo ele, podem ser feitas em um único dia, ainda sem data definida. Após estas fases, será decidido se o adolescente permanecerá acautelado ou se voltará às ruas. Sobre o depoimento dele ao promotor, o coordenador do Comissariado afirmou que não poderia dar detalhes por estar em uma fase preliminar das apurações. Diante da falta de provas em relação ao suposto estupro, o adolescente teve o flagrante confirmado na delegacia por tentativa de roubo.

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De acordo com o delegado que ficou responsável pelo caso, Carlos Eduardo Rodrigues, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, até o momento, ele não pretende ouvir mais ninguém no inquérito. “O despacho do delegado de plantão é claro no sentido de não ter como afirmar que a intenção do autor era violentar a vítima. Inclusive, ela mesma cita em seu depoimento que não sabia dizer o que ele faria caso tivesse a levado para o outro cômodo. Não há nenhum elemento nos autos que comprovem isto”, disse. Segundo ele, caso alguma testemunha do caso tenha algo a acrescentar, deve procurar a delegacia. O inquérito será concluído e remetido à Justiça. Na tarde de ontem, a Tribuna tentou novo contato com a professora, por meio de WhatsApp, mas a mensagem não foi respondida.

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Comunidade questiona violência no campus

 

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Diante da sensação de insegurança no Campus da UFJF, intensificada após o ataque à professora, a comunidade acadêmica tem questionado as ações para conter delitos na instituição. Entre os principais pontos, estão a iluminação no campus, a presença da PM em rondas, uso de câmeras e a ação da Diretoria de Segurança da UFJF. Ainda no dia do crime, a Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes) também emitiu nota questionando as ações de segurança na instituição. “O sindicato alerta para as precárias condições de segurança, iluminação e vigilância dentro da UFJF, resultado de anos de terceirização e consequente precarização dos serviços.”

Por meio de nota, a UFJF afirma que a PM é uma instituição estadual e não tem responsabilidade direta com a universidade. Através de parceria, a instituição requisita o apoio da polícia em caso de necessidades especiais. As diretrizes de segurança seguem a própria política da universidade e das instituições federais de ensino. A UFJF reforça que foi instalado, no ano passado, um Fórum de Segurança, com a realização de dois encontros, porém sem avanços por falta de quórum. No entanto, de acordo com o diretor de Segurança, Moacyr Valle, uma nova reunião será realizada na próxima semana para apresentar a estrutura da equipe que atua hoje. A UFJF não divulga a estrutura e quantitativo por medidas de segurança, mas afirma que as equipes atuam 24 horas por dia nos campi e nos espaços externos.

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A universidade reafirma ainda que irá investir na capacitação de agentes, para evitar qualquer tipo de abordagem opressiva e que possam atuar sobretudo na proteção de pessoas em situação de maior vulnerabilidade. Um novo edital de licitação para empresa de segurança será lançado em breve.

Em relação à Central de Segurança e Monitoramento, a universidade afirma que as obras estão sendo executadas em ritmo mais lento do que a previsão original, face à restrição orçamentária e financeira que levou a instituição a priorizar as obras nas unidades acadêmicas. “A UFJF não se furtará jamais a investigar e tornar públicos fatos acontecidos no campus, independentemente de sua natureza, ainda que isso represente um desgaste de sua imagem institucional”, destacou o vice-reitor no exercício da Reitoria, Marcos Chein.

 

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