PJF lançou ontem campanha envolvendo imóveis em construção e disponíveis para locação (Leonardo Costa/23-02-16)
A partir de hoje, o Disque Dengue também irá funcionar por meio do telefone 199, da Defesa Civil. Na sede da secretaria, agentes de endemia receberão as ligações sobre denúncias de focos do Aedes aegypti. O número 3690-7290 continuará ativo. A iniciativa de ampliar as linhas pretende garantir o atendimento a um maior número de solicitações. No momento em que Juiz de Fora vive uma epidemia de dengue, cerca de 200 chamadas são feitas diariamente pelos cidadãos. Os bairros Santa Cecília, Santa Luzia, São Mateus, Centro e Milho Branco são, respectivamente, os que apresentaram o maior número de registros de casos de contaminação pelo mosquito, que também transmite zika vírus e febre chikungunya.
As informações foram divulgadas pela Prefeitura ontem, durante o lançamento da campanha “Imóvel livre do Aedes”, realizado na sede da Vigilância Sanitária. Na ocasião, mais de 200 pessoas acompanharam a apresentação do projeto que irá capacitar profissionais do setor imobiliário e da construção civil no combate aos focos do mosquito em imóveis em construção e disponíveis para locação e venda.
Após as ações de prevenção, a Vigilância Sanitária irá verificar os locais e conceder o selo “imóvel livre da dengue”. A capacitação começa nas próximas semanas com equipes do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom), da Associação Juiz-forana de Administração de Imóveis (Ajadi) e do Sindicato dos Condomínios de Juiz de Fora e Zona da Mata (Sindicom). “Nossa proposta é fazer uma mobilização de forma que cada cidadão se torne um agente de combate ao Aedes, já que sabemos que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa”, explicou o prefeito Bruno Siqueira (PMDB).
Mobilização no dia 4
O prefeito destacou, ainda, a ação que pretende mobilizar toda a cidade no dia 4 de março. A proposta é que cada juiz-forano reserve dez minutos do dia para verificar e eliminar os possíveis focos do Aedes em casa. “Precisamos nos conscientizar, pois a situação é grave. É a primeira vez que iniciamos a ação dos carros fumacê em fevereiro, pois o mosquito está proliferando de forma precoce”, analisou. “O fumacê só pode ser acionados em estado de epidemia, que a cidade entrou na semana passada, pois é uma norma do Ministério da Saúde. Ele combate o mosquito adulto, por isso, a importância de eliminarmos os criadouros.”
A ideia é que o combate ao mosquito em dez minutos se torne hábito entre os moradores da cidade. Caixa d’água, vasos de planta, vaso sanitário, lonas que cobrem objetos, baldes, pneus, garrafas, ralos, bandejas do ar condicionado, piscina, calhas, galões, latões e vasilhas de animais domésticos são alguns dos objetos que devem ser constantemente verificados. O ciclo de vida do mosquito até a fase adulta demora entre sete e dez dias, por isso, a verificação semanal pode contribuir para evitar a proliferação.