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Juiz de Fora registra sete casos de dengue por dia em 2024

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Ao longo das três primeiras semanas de 2024, Juiz de Fora registrou 152 casos prováveis de dengue. O número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando a cidade havia contabilizado sete casos da doença. Os dados foram retirados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e são reflexo do cenário nacional. Segundo o Ministério da Saúde, apenas nos primeiros 15 dias do ano, foram 55.859 registros de dengue no Brasil, com seis mortes, mais do que o dobro de casos do que os contabilizados nos 15 primeiros dias de 2023.

Além dos números relacionados à dengue, Juiz de Fora contabilizou dois casos prováveis de chikungunya neste ano. Até o momento, a cidade não registrou nenhum caso de zika e nem óbito motivado por complicações das três doenças. Já em Minas Gerais, foram computados 6.677 casos prováveis de dengue, sendo 1.523 casos confirmados. O Estado também informou que não há óbitos confirmados por dengue até o momento, mas há duas mortes em investigação. Em relação à febre chikungunya, foram registrados 2.850 casos prováveis da doença, dos quais 120 foram confirmados. Até então, não há nenhum óbito confirmado por chikungunya em Minas Gerais. Já em relação ao vírus zika, foram registrados três casos prováveis. Não há casos confirmados e nem óbitos por zika em Minas Gerais.

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Registro de água acumulada em Juiz de Fora (Foto: Leonardo Costa)

Vacina contra dengue será oferecida pelo SUS

O “boom” de casos da doença acontece em meio ao anúncio da chegada da primeira remessa da vacina contra dengue que será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O país é o primeiro do mundo a oferecer essa vacina no sistema público universal. O Ministério da Saúde recebeu 720 mil doses do imunizante Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharma, no último sábado (20). Porém, o Governo informou que o número de doses da vacina de dengue só dará para imunizar pouco mais de 3,2 milhões de pessoas em 2024, já que é necessário a aplicação de duas doses, com intervalo mínimo de 90 dias entre elas.

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Em 2024, o público-alvo da vacina serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa. Conforme informação divulgada pela Agência Brasil, a Qdenga é contraindicada para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, a lista dos municípios e a estratégia de vacinação serão informadas “nos próximos dias” e a previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.

Em resposta à Tribuna, a SES-MG, por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de fora, disse que aguarda orientações do Ministério da Saúde (MS) a respeito da execução do plano de vacinação contra a doença no estado. “De acordo com informações do MS, a vacina, denominada Qdenga, não será utilizada em larga escala, devido à restrição do laboratório fabricante, Takeda, na capacidade de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação com esse imunizante será direcionada para público e regiões prioritárias no país”, informou a nota.

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Particular

Desde o meio do ano passado, a vacina contra a dengue já está disponível em clínicas particulares de Juiz de Fora. Conforme levantamento realizado pela reportagem, os juiz-foranos podem encontrar o imunizante com o preço na faixa de R$ 420 a R$ 497 cada dose. A aplicação é voltada para pessoas de 4 a 60 anos, com intervalo de três meses.

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LirAa sem previsão de publicação

Janeiro é um dos períodos do ano de maior transmissão da doença no país, devido ao alto volume de chuvas, e na região não é diferente. Para ter uma maior noção do cenário municipal, todo ano a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulga quadrimestralmente o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que monitora o índice de infestação da doença na cidade. No ano passado, o primeiro estudo foi publicado ainda em janeiro. Em relação à data deste ano, a Secretaria de Saúde da PJF informou que ainda não há previsão de divulgação do documento.

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