O laudo pericial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), enviado à Polícia Civil na última sexta-feira (19), sobre o acidente entre dois ônibus ocorrido no início deste mês na BR-040, em Juiz de Fora, aponta como causa presumível a ausência de reação do condutor do veículo da aviação Cometa. A informação foi confirmada pela PRF à Tribuna. A ocorrência deixou quatro pessoas mortas e dezenas de feridos.
Em contato com a reportagem, o policial responsável pela comunicação social da Delegacia da PRF de Juiz de Fora, Junie Penna, destacou que não é função do laudo apontar responsabilidade, culpa ou dolo do motorista.
O documento foi incorporado, na última sexta (19), ao inquérito instaurado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil no município, que investiga as circunstâncias do acidente. Na oportunidade, a corporação informou que outras informações serão divulgadas em momento oportuno para não atrapalhar as investigações.
O laudo pericial elaborado pela PRF é apenas mais um dos documentos a serem incluídos e utilizados na condução da investigação da Polícia Civil. O inquérito foi instaurado no último dia 11 e o delegado responsável pelo caso, Daniel Buchmüller, informou que já foram solicitadas imagens das empresas envolvidas, além de depoimentos de testemunhas e vítimas. A investigação também analisa câmeras que flagraram o momento do impacto. O inquérito apura se houve responsabilidade dos motoristas por homicídio culposo e lesão corporal culposa, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
O acidente foi considerado pela PRF o mais grave registrado em Juiz de Fora em 2025 e deixou quatro mortos e 39 feridos. A colisão aconteceu no km 776 da rodovia, sentido Rio de Janeiro, logo após o trevo do Distrito Industrial, quando um ônibus da Viação Cometa atingiu a traseira de um coletivo urbano da Linha 743, que estava parado em um ponto no acostamento.
A Tribuna entrou em contato com a Viação Cometa e aguarda o posicionamento da empresa.