Uma loja de produtos alimentícios produzidos e vendidos pela população em situação de rua foi inaugurada nesta sexta-feira (23). A conquista na ocupação dos espaços é fruto do Programa de Inclusão Produtiva – visando à capacitação e autonomia dessas pessoas -, que oferece possibilidades de vivências para além das ruas.
A iniciativa propõe que essa parcela da população receba capacitações e trabalhe produzindo alimentos como pães, biscoitos, compotas, dente outros, para depois vendê-los. A proposta de coletivismo e autogestão surgiu dentro do Comitê para a População de Rua da cidade, também conhecido como “pop rua”. Outras entidades como a Sopa dos Pobres, Fundação Maria Mãe, Semeando Amor e OAB – Direitos humanos e Cidadania também estão apoiando o projeto, seja por doações, capacitações e pelo trabalho desenvolvido na rua.
Para Jordan Beloto, técnico que faz parte da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora, o objetivo foi construir um projeto em que o protagonismo fosse das pessoas em situação de rua, uma vez que, segundo ele, a ideia foi construída pela própria rua.
“Então a pessoa, quando entra na Proce, é incluída no programa de auxílio moradia também, a gente acompanha, conversa ali coletivamente, sabe? Dá um apoio de forma coletiva e a própria população em situação de rua se apoiando entre si também”, explica Beloto.