Um suposto líder de organização criminosa que atua em Juiz de Fora aparece na lista dos criminosos mais procurados de Minas Gerais. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23), pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
O homem, de 26 anos, acusado de roubo e homicídio, aparece no mural da página “Procura-se” junto com outras 11 pessoas. Ao todo, as condenações dos criminosos mais procurados somam 400 anos de prisão, conforme balanço realizado pela pasta.
Com uma sentença superior a 13 anos por ter participação no tráfico ilícito de drogas e em crimes violentos, o jovem que atuaria em Juiz de Fora também é suspeito de atuar com ramificações no estado do Rio de Janeiro. No momento, ele possui quatro mandados de prisão em aberto e é considerado alvo prioritário para o sistema de Segurança Pública de Minas Gerais.
Os nomes dos procurados foram selecionados após uma deliberação do Sistema Estadual de Inteligência em Segurança Pública (Seisp-MG). Na ocasião, foram usados critérios como envolvimento em gangues e facções, e pessoas que possuem ligação com o crime organizado foram o foco, uma vez que exigem uma ação mais eficaz do Estado.
Segundo explica a Sejusp, a divulgação da lista se pautou naqueles que possuem práticas reiteradas de crime. Entretanto, a prisão dos procurados não é o único objetivo. “O programa tem como objetivo inibir a circulação dos alvos listados, por meio da divulgação das imagens dos 12 procurados em cartazes que serão afixados em pontos estratégicos de grande circulação, e também de forma virtual”, informou o órgão, em nota enviada à Tribuna.
A abordagem também parte de uma estratégia que já rendeu resultados. Em outras edições do “Procura-se” – realizadas em 2011 (duas vezes), em 2012, 2017 e 2021, foram detidos 51 dos 62 alvos apresentados, com um índice de 82% de validação. Portanto, a expectativa agora é que o mesmo ocorra em 2023.
Na coletiva de lançamento na iniciativa, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, afirmou que o auxílio da população é fundamental para que o programa dê resultados. “São líderes de facções criminosas muitas vezes escondidos em meio à população, e sem a colaboração da população é quase impossível descobrir essas pessoas. Então a participação pelo 181 é fundamental”, disse, em nota divulgada à imprensa A ligação para o número 181, Disque-Denúncia Unificado, é feita anonimamente.