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Estado apura seis mortes de detentos da Ariosvaldo neste ano

PENITENCIARIA Ariosvaldo Campos fernando priamo 10
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Mais uma morte de detento da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, situada no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora, foi registrada na última segunda-feira (22). O Estado informou que investigações internas apuram administrativamente outros seis casos de óbito de presos da mesma unidade prisional registrados neste ano.

Desta vez, segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o homem, de 35 anos, faleceu após um período de 15 dias de internação hospitalar, devido a uma sepse pulmonar advinda de deficiência imunológica adquirida (HIV). “O setor de assistência social da penitenciária fez o comunicado aos familiares, e um boletim de ocorrência foi registrado, como de praxe”, destacou a pasta, por meio de nota.

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Sobre os casos anteriores, a Sejusp disse que as apurações ainda não foram concluídas. Um deles aconteceu no dia 5 deste mês, quando um detento, 25, faleceu na Ariosvaldo após passar mal. Policiais penais foram acionados por colegas de cela, e a vítima imediatamente foi retirada, porém já sem os sinais vitais. No dia 13 de abril, outro preso, 41, havia sido encontrado morto em uma cela, suspenso por uma corda no pescoço. O boletim de ocorrência caracterizou o episódio como “autoextermínio” e informou que no cômodo estavam outros 37 presidiários. A Sejusp não detalhou as circunstâncias das demais mortes.

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Tiro na cela

Outro caso em investigação é a tentativa de homicídio a tiro ocorrida em 28 de abril, no interior da unidade prisional, onde um acautelado, 39, foi baleado na perna por outro preso, 28, autuado em flagrante. Ainda não foi divulgado como uma arma de fogo foi parar nas mãos de um detento. “As investigações internas que apuram administrativamente outros seis casos de óbito de presos da unidade prisional registrados neste ano e, também, o episódio da arma de fogo que estava sob porte de um detento na penitenciária, estão em andamento. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil”, informou a Sejusp.

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Mudanças na diretoria

Após a tentativa de assassinato, a Sejusp admitiu mudanças na diretoria da unidade, mas afirmou que as modificações fazem parte da gestão do Departamento Penitenciário (Depen-MG) e não possuem relação com ocorrências recentes, porque já estavam previstas. “Os procedimentos para a mudança na direção da penitenciária ainda não foram concluídos. Mais detalhes não são divulgados, por razões de segurança.”

Questionada sobre as denúncias de superlotação na Ariosvaldo, situação que teria se agravado após o remanejamento de presos em decorrência da reforma do Ceresp – desativado há mais de um ano, o que obrigou a transferência dos cerca de 800 acautelados para outros presídios -, o Estado reiterou que a superlotação de unidades prisionais é “uma realidade nacional”. A secretaria enfatizou o investimento de R$ 74 milhões pelo Governo para as já iniciadas melhorias estruturais de várias sedes do sistema.

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