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Família realiza vaquinha on-line para que ‘Lukinhas’ possa andar

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lukinhas
(Foto: arquivo pessoal)
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Lukas Henrique de Oliveira Andrade, conhecido como ‘Lukinhas’, tem três anos e nasceu com um problema no pé esquerdo que impossibilita que ele consiga andar sozinho. A situação começou a ser notada pela família há cerca de um ano, assim que o menino começou a tentar andar, e foi observado que ele só conseguia ficar de pé se apoiando na ponta do pé. A sua tia, Michelle Ferreira, o levou no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não conseguiu atendimento adequado para que ele tivesse o tratamento. Agora, eles estão promovendo uma vaquinha on-line  para fazer a cirurgia de alongamento do tendão.

Na primeira vez que Michelle levou o sobrinho no atendimento público, o ortopedista responsável disse que ‘Lukinhas’ poderia ser tratado na fisioterapia e, se o caso piorasse, seria preciso uma cirurgia para que ele conseguisse andar. Com a notícia, a família se mobilizou para conseguir o atendimento fisioterápico, mas em cerca de um ano tentando, não conseguiu consultas pelo SUS. “Sempre nos diziam pra voltar no final do mês, e aí nos diziam pra voltar em outra data”, conta Michelle.

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Um amigo da família, então, resolveu ajudar e levar a criança em um atendimento particular. Desta vez, a ortopedista disse para a família que a fisioterapia não poderia mais resolver o caso, já que a situação tinha piorado e o Lukinhas inclusive estava começando a ficar na ponta do pé direito para se apoiar também. A médica indicou, então, que fosse feita uma cirurgia de alongamento no tendão o quanto antes, para que ainda houvesse chance do quadro ser revertido.

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“O quanto antes ele fizer a cirurgia, mais chances tem de melhorar e conseguir andar. Agora, temos que ficar sempre com ele no colo, ele não consegue ir à escola ou brincar sozinho. É um menino muito esperto e fica triste com isso”, conta a tia. Como a família não tem condições financeiras de arcar com o valor da cirurgia, que custa no mínimo R$9.260,82 nos hospitais de Juiz de Fora, a ideia de realizar uma vaquinha on-line surgiu. A iniciativa começou há cerca de um mês, mas ainda não atingiu o valor necessário para cobrir todos os gastos com a operação, a anestesia e a internação.

Apoio da comunidade de Santa Cândida

(Foto: arquivo pessoal)

Para conseguir arcar com a cirurgia, a família de Lukinhas tem contado com o apoio da comunidade do Bairro Santa Cândida. Michelle conta que primeiro eles recorreram a Mc Dhada, cantora  e compositora do bairro, que ajudou a família a fazer vídeos pedindo a ajuda da população para o financiamento e ainda divulgando em suas próprias redes sociais, que tem um alcance maior, com cerca de 10 mil seguidores. Uma das páginas da Mc, o @complexodocandinha , que fala sobre questões relacionadas ao bairro, também ajudou a divulgar o caso.

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De acordo com a tia, até agora a comunidade do bairro foi a maior apoiadora da causa e tem encontrado diferentes maneiras de ajudar para que a cirurgia seja feita o quanto antes, já que a questão do tempo é fundamental para o sucesso do procedimento.

Além da vaquinha, um vendedor de balas do bairro doou uma cesta de cosméticos para que fosse rifada e pudesse contribuir com o valor necessário. As rifas estão sendo vendidas a 10 reais na lanchonete John Lanches, localizada também em Santa Cândida.

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Apesar de a matéria não abordar nenhum pedido de cirurgia pelo SUS, a Secretaria de Saúde, da Prefeitura de Juiz de Fora, por meio de nota, informa que não há laudo ou pedido de entrada para cirurgia eletiva no Sistema de Regulação em nome do paciente citado. “Para que a cirurgia seja realizada pelo SUS, é necessário que o usuário realize consulta na Rede Básica de Saúde, sendo encaminhado a um especialista para posterior elaboração de um laudo a ser cadastrado no Sistema SUS Fácil, software de regulação de todo o estado.” Ainda conforme o posicionamento, o cadastro, quando realizado, fica registrado no sistema de regulação da Secretaria de Saúde. A partir daí, havendo disponibilidade do serviço, o paciente entra na lista de espera pela vaga, com a prioridade sendo ofertada aos procedimentos mais urgentes. Ainda segundo a Saúde, a cirurgia, segundo sua complexidade, pode ser encaminhada, via regulação, para qualquer local que a ofereça dentro da rede do SUS.

 

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