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Laudo aponta que Matheus Goldoni não havia usado drogas e bebida alcoólica

Delegado Rodrigo Rolli apresentou resultado do laudo durante coletiva de imprensa (Foto: Fernando Priamo/23-04-15)
Delegado Rodrigo Rolli apresentou resultado do laudo durante coletiva de imprensa (Foto: Fernando Priamo/23-04-15)
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Atualizada às 20h13

O laudo das vísceras de Matheus Goldoni, encontrado morto em novembro passado após sair de uma casa noturna, apontou que o jovem de 18 anos não havia consumido drogas e álcool na noite em que desapareceu. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (23) pelo titular da delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli. Ele acredita que a conclusão do Instituto de Criminalística em Belo Horizonte “ajuda a afastar a hipótese de acidente. O fato clareia muito as investigações, porém, não pode ser analisado de forma isolada e nem conclui que se trata de um assassinato. Agora, não podemos falar que ele caiu na água e se afogou por estar sob efeito de alguma droga. A morte foi por afogamento, estamos buscando elementos para saber como se deu este afogamento”, disse, acrescentando que, até o momento, apenas a hipótese de latrocínio está descartada.

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Matheus foi visto pela última vez do lado de fora da casa noturna Privilège, no Bairro São Pedro, na madrugada do dia 15 de novembro de 2014. Ele foi colocado para fora da boate por seguranças após um desentendimento com outro jovem por motivos passionais. Desaparecido, o jovem foi procurado por equipes do Corpo de Bombeiros. O corpo foi encontrado 56 horas depois nas águas da cachoeira do Bairro Vale do Ipê.
Conforme Rolli, diversos depoimentos, inclusive os dos seguranças que expulsaram Matheus Goldoni da casa noturna após a confusão em que ele se envolveu, davam conta de que o jovem estava exaltado, agressivo e que teria feito uso de drogas e álcool. “O resultado do laudo das vísceras é contrário a estas afirmações. Até então, o que tínhamos era a imagem de um jovem que poderia estar sob efeito de drogas e bebida. O que preciso esclarecer agora é como ele foi parar no local em que morreu: foi sozinho ou acompanhado? Foi jogado ou caiu na água?”

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[Relaciondas_post] Segundo Rolli,o laudo do local onde o jovem foi encontrado morto também precisa ser esmiuçado. “Fiz sete novos quesitos à perícia, por exemplo, sobre a iluminação da trilha, se a área é de fácil acesso, profundidade da água e saber se ele estava preservado antes de a perícia chegar. É preciso esclarecer como um jovem, que não era frequentador assíduo da casa descobriu a existência dessa trilha para um suposta fuga. Outro ponto é que a família afirma que Matheus sabia nadar, e o curso d’água era raso, com cerca de 1m20 de profundidade”, pontuou o delegado.

Sobre as duas lesões internas encontradas no tórax de Matheus, próximo ao pulmão, Rolli disse que a perícia foi inconclusiva para apontar se houve esganadura, com que objeto Matheus foi atingido e se ainda estava vivo quando caiu na água. O delegado comentou ainda que algumas testemunhas afirmaram em depoimento que viram seguranças e uma moto, que teria dado carona a um deles, para alcançar Matheus na fuga. Já outras contaram que viram os funcionários correndo atrás de Matheus.

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Os próximos passos da apuração serão fazer seis acareações, ouvindo novamente algumas pessoas, além de fazer novas diligências.

 

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Família

Os pais de Matheus estavam na Delegacia Especializada de Homicídios nesta quinta. A mãe, Nívea Goldoni, comentou emocionada sobre o resultado do exame. “A verdade está vindo à tona e mostra quem era meu filho: um jovem trabalhador, que teve os sonhos interrompidos. Eu achava que ele estava seguro, e Matheus apareceu morto. Os seguranças tentaram transformar meu filho em uma pessoa que não era. Ele nadava muito bem, como ia se afogar nesta profundidade se não estava com nenhuma substância no corpo? Eu quero justiça”, desabafou.

 

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