Na manhã desta quarta-feira (23), três ônibus do Consórcio Manchester quebraram e atrapalharam o trânsito em Juiz de Fora. Dois dos veículos quebraram na Estrada Engenheiro Gentil Forn, que liga a Cidade Alta à região Central de Juiz de Fora. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU), um veículo da linha 525 (UFJF) apresentou problemas mecânicos logo no início da manhã, parando no local até ser retirado. Pouco tempo depois, um ônibus da linha 538 (Morada do Serro) também teve defeito e ficou encostado no local até ser removido.
Com o ocorrido, o trânsito precisou fluir em meia pista no sentido Centro, na altura do número 2.428, até o final da manhã. Agentes de trânsito foram deslocados para monitorar o tráfego no local e sinalizaram o trecho que teve o fluxo modificado. Na tarde desta quarta, o trânsito na região já tinha voltado a fluir normalmente.
O outro ônibus, que fazia a linha 532 (São Pedro), apresentou problemas por volta das 7h na Avenida Costa e Silva, no Bairro São Pedro, Cidade Alta. Na mesma região, um veículo que fazia a linha 520 (Aeroporto) também quebrou, na descida do Bairro Aeroporto, pouco antes do Parque da Lajinha, por volta das 8h15, e também precisou ser retirado.
Além disso, pelas redes sociais, também houve relatos de defeito em um ônibus da linha 743 (Toledos), na noite de terça-feira (22). A SMU confirmou que, na ocasião, a linha iniciou o itinerário com atraso, começando a circular às 17h15 para fazer o horário das 16h.
Todos os ônibus integram o Consórcio Manchester, que, hoje, é formado unicamente pela empresa Tusmil. Por meio de um manifesto, enviado à Tribuna, o Consórcio Manchester afirmou que os problemas relatados são “impossíveis de se descobrir em revisões preventivas” e justificou cada um dos ocorridos. No caso da linha 532 (São Pedro), o motivo da quebra foi o estouro reparo da manete de porta; na linha 520 (Aeroporto), a empresa afirmou que o ônibus já estava voltando para a garagem quando o flexível do compressor furou; na linha 525 (UFJF), o motivo foi o fim da embreagem; e na linha 538 (Morada do Serro), o ônibus quebrou devido ao estouro do compressor de ar, conforme a empresa.
O consórcio ainda manifestou “estranhamento” quanto à exposição dos problemas relacionados à falta de manutenção por parte da imprensa, afirmando que “trocar preventivamente qualquer destes componentes, ou descobrir que eles teriam o fim de sua vida útil hoje, seria comparável a trocar as lâmpadas de casa ou a resistência do chuveiro porque um dia eles irão queimar”.
Para a empresa, na atual situação crítica que se encontra, o Consórcio Manchester jamais se colocaria em tal risco de falha. “O que ocorre, de fato, é que uma lupa foi colocada sobre cada detalhe da operação da Tusmil visando justificar uma decisão tomada por motivos que não são razoáveis para propor a caducidade de um contrato do porte do que é elaborado para a prestação do transporte coletivo urbano”, diz o texto.
Na segunda-feira (21), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) decidiu pela rescisão do contrato de prestação de serviço com o consórcio. Com a divulgação da decisão, o consórcio poderá apresentar recurso no prazo de cinco dias úteis.