“Culturalmente a nossa sociedade é machista. Precisamos romper os elos dessa corrente que oprime as mulheres e colocá-las, cada vez mais, em um local de destaque. Dar essa visibilidade ao trabalho e à contribuição delas é um bom começo”, avalia a coordenadora da Casa da Mulher, Maria Luiza Moraes, e uma das participantes da comissão que indica as mulheres homenageadas. Ela ainda afirma que essa visibilidade ajuda no combate à discriminação, como, por exemplo, na diferenciação de remuneração que acontece entre homens e mulheres, no exercício dos mesmos cargos.
Mais do que a visibilidade, o prêmio incentiva que essas mulheres sejam ouvidas. Uma das homenageadas, Marise Baesso Tristão, editora do Tribuna, premiada na categoria Comunicação, diz que o troféu é um reconhecimento à voz de todas as mulheres ouvidas ao longo de sua trajetória profissional. “Elas ajudam a buscar uma sociedade mais igualitária, a enxergar minorias e coisas que ficam silenciadas. Ajudam a mudar a realidade.” Ela exemplifica essa força da mulher por meio da inclusão da violência contra mulheres trans , mesmo que não tenham passado por cirurgia de redesignação sexual, na Lei Maria da Penha.