Uma menina, 12 anos, teria sido estuprada pelo tio, 53, na Zona Leste de Juiz de Fora. O caso foi registrado na madrugada do domingo (21), após um motorista de aplicativo, solicitado pelo suposto abusador, notar que a criança estava com sonolência e confusão mental e a encaminhar a adolescente até o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS). No local, o crime foi constatado.
Segundo informações do Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), obtido pela reportagem, o motorista de aplicativo teria sido abordado pelo tio da menina, que solicitou uma corrida até a casa da avó da criança e fez um Pix no valor de R$ 12 pelo percurso. A intenção era que a vítima fosse levada sozinha até o local, porém, no caminho, o trabalhador desconfiou do estado de saúde da menina – que apresentava “confusão mental” – e foi com ela até o HPS.
À Polícia Militar (PM), a adolescente relatou o abuso e informou que teria recebido uma quantia de R$ 44 do suspeito. Uma médica legista realizou os procedimentos de praxe, para casos de estupro, e confirmou ter ocorrido o crime. A mãe da criança compareceu até o hospital, bem como o conselho tutelar.
Motorista de app também ajudou na identificação do suspeito
As diligências para a prisão do suspeito em flagrante passaram também pela contribuição do motorista de app. O nome completo do tio da vítima, que constava no Pix de pagamento da corrida, foi repassado para a PM.
Em consulta ao sistema, os militares descobriram o endereço do homem e foram até a casa do suspeito. No local, ele negou os fatos, mas o motorista de app confirmou que ele estava junto com a vítima no momento do embarque da menina.
Ao ver a foto do suspeito, a criança também confirmou a violência sexual. O suposto abusador foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia.
Estupro de vulnerável
A Tribuna publicou uma reportagem, neste domingo (21), sobre o crescimento dos casos de estupro de vulnerável em Juiz de Fora. De acordo com o levantamento exposto na matéria, a maior parte dos casos de violência sexual contra crianças, adolescentes e pessoas com a capacidade de decisão afetada, ocorre por parte de conhecidos das vítimas.
Em caso de denúncias, a orientação é a de que a polícia ou uma unidade de saúde sejam procurados.