Cerca de 140 ciclistas de Ubá, Juiz de Fora e outros municípios da região participaram na manhã deste sábado de um cortejo em homenagem à ciclista Mariana Albuquerque, 20 anos. A jovem morreu no dia 19 de dezembro, após ser atingida por uma Mitsubishi L-200 Triton. O acidente foi na MG-120, entre as cidades de Ubá e Guidoval, a cerca de 110 quilômetros de Juiz de Fora. Os manifestantes se concentraram na Praça São Januário, a principal de Ubá, e percorreram 15 quilômetros até o local da tragédia. O evento foi uma iniciativa dos grupos Mobilicidade, Colinas Rurais e Ciclizma. “A adesão foi além das nossas expectativas”, avaliou o diretor da ONG Mobilicidade JF, Guilherme Mendes. O ato reuniu também motociclistas e contou com o apoio da Polícia Militar e representantes de motoclubes. “O nosso objetivo foi atingido. Mas vamos continuar a lutar por justiça. Esse ato foi apenas o começo”, ressaltou Guilherme.
Duas mortes
O motorista da L-200, um rapaz de 25 anos, fugiu sem prestar socorro à ciclista. Ele dirigiu por mais quatro quilômetros até provocar outro acidente com morte. O veículo atingiu o motociclista Isac Floriano Martins, 23, que chegou a ser internado, mas faleceu poucos dias depois. O suspeito recebeu voz de prisão em flagrante delito, por dirigir sob efeito de álcool, por omissão de socorro e por abandonar o local de acidente, além de condução perigosa. Dentro da caminhonete, foram ainda encontradas duas armas: uma pistola calibre 380 e uma espingarda carabina, de 38 milímetros, ambas carregadas. Amigos e familiares dos dois jovens mortos participaram do ato deste sábado. Uma “ghost bike” – bicicleta branca instalada em locais de acidentes fatais com ciclistas – foi colocada no local do atropelamento.
