Ícone do site Tribuna de Minas

Júlio Guedes morre aos 63 anos

julio guedes arquivo
PUBLICIDADE

Atualizada às 17h05

Júlio (à esquerda, de preto) manteve seu reinado por 12 anos, até transferir a coroa para seu irmão gêmeo, Carlos (à direita, de branco)
Velório foi realizado no Cemitério Parque da Saudade
Amigos e familiares acompanharam o sepultamento

O corpo do ex-Rei Momo do carnaval de Juiz de Fora, Júlio Guedes, foi sepultado nesta segunda-feira (22) no cemitério Parque da Saudade, no Bairro Santa Terezinha. Ele tinha 63 anos e morreu no domingo, vítima de infarto, quando tratava dos preparativos do tradicional evento “Banquete do rei”, que seria realizado em fevereiro, além das festividades de carnaval de rua em que estava envolvido.

PUBLICIDADE

Ao lado do irmão gêmeo Carlos, Júlio era uma das figuras mais conhecidas do carnaval juiz-forano, estando envolvido com a folia desde os anos 60. Foi Rei Momo da cidade entre 1993 e 2004, quando deixou o posto por problemas de saúde e foi substituído nos dois anos seguintes pelo seu irmão Carlos. Um dos mais antigos amigos de Júlio, o comerciante Zé Kodak, contou que chegou a conversar com o ex-Rei Momo no dia de sua morte. “A gente se falava todos os dias. Conversamos por telefone sobre os preparativos do ‘Banquete do rei’, que reúne o pessoal dos blocos. À noite, recebi a ligação de que ele havia passado mal, com falta de ar, e que morreu devido a um infarto fulminante. Recebi a notícia com muito tristeza, ele era muito ligado ao carnaval, às festas”, lamenta.

PUBLICIDADE

Segundo Zé Kodak, o envolvimento de Júlio Guedes com o carnaval tinha mais de 50 anos, o ex-folião era figura atuante nas escolas de samba Juventude Imperial e Turunas do Riachuelo antes de se tornar Rei Momo por 12 anos, quando então passou a ajudar na organização do bloco carnavalesco Banda Daki. “O Júlio ia a todos os locais e eventos. Você fazia uma ligação, e ele comparecia à festa, ao baile, não importava a hora e o dia. Ele gostava mesmo de ser Rei Momo, só parou porque queria participar mais das atividades nas ruas”, lembra Zé Kodak.

O comerciante, também integrante da Banda Daki, era amigo de Júlio desde a década de 60 (“amigos como antigamente, que hoje não fazemos mais”) e acredita que o legado do ex-Rei Momo é o da alegria de folião, de saber brincar o carnaval de rua em Juiz de Fora.

PUBLICIDADE

O superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, também lamentou a morte de Júlio Guedes. “Foi uma morte prematura, ele era um dos símbolos do carnaval da cidade. Era envolvido com as festas carnavalescas, estava sempre presente nas atividades, sempre apoiando e colaborando com opiniões. Mesmo depois que deixou a coroa, ainda era reconhecido como Rei Momo”, salienta. “Foi um Rei Momo que se eternizou, sempre envolvido com as escolas, sabia o papel simbólico que tinha no processo. Era uma pessoa muito amiga, cordata, gentil e querida pelos outros, participando ativamente do carnaval de rua.”

Mesmo num momento triste, Zé Kodak já adianta que o trabalho dele não vai parar. “Vamos dar continuidade. Com certeza, em 2015, faremos uma homenagem antes da saída da Banda Daki e dos outros blocos, que sempre contaram com o apoio do Júlio. Espero que o banquete também seja realizado, o Júlio gostava muito desse evento. Que ele esteja olhando por nós, vamos ficar com a alegria que ele sempre transmitia.”

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile