Dois homens foram condenados a 23 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo homicídio de Glyan Alves Rocha, 25 anos, baleado na porta de sua casa, no Bairro Santa Luzia, Zona Sul de Juiz de Fora. O crime violento, que teria motivação passional, aconteceu na madrugada de 18 de março de 2020, na Rua Orlanda Fortini Arcuri. O julgamento aconteceu na última quinta-feira (21), no Tribunal do Júri do Fórum Benjamim Colucci, e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, feita pela promotora Thaís Lamim Leal Thomaz, Glyan estava na garagem da residência, quando os réus, de 26 e 34 anos, se aproximaram. Enquanto um o distraía tocando cavalos em via pública, o outro efetuou os disparos. Em seguida, conforme filmagens, os réus fugiram correndo em sentidos opostos. Para o MP, os acusados agiram por motivo fútil, porque Glyan teria tentado se relacionar amorosamente com a companheira de um deles, enquanto o suspeito estava preso. Além disso, teriam dificultado a defesa do morador, ao surpreendê-lo com tiros.
O Conselho de Sentença condenou a dupla na forma em que fora pronunciada. O juiz pontuou que as condutas sociais dos réus são desabonadoras, “sendo conhecidos por envolvimento com o tráfico de drogas e cometimento de delitos, segundo relatos de testemunhas”. O magistrado negou aos condenados o direito de recorrerem em liberdade, por permanecerem inalterados os fatos e fundamentos que levaram às suas prisões preventivas e pela necessidade de garantia da ordem pública, considerando a gravidade dos fatos.
“A morte de Glyan causou comoção porque ele era um esportista, lutador de MMA, sem histórico de envolvimento em crimes”, disse o delegado Rodrigo Rolli, no decorrer das investigações. O inquérito contou com o depoimento de quatro testemunhas veladas e com a gravação de uma câmera de segurança situada a poucos metros de onde aconteceu o crime.