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Polícia captura suspeito de estuprar e tentar matar mulher queimada

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Atualizada às 19h09

Suspeito de estuprar e tentar matar uma mulher Foto: Leonardo Costa

A Polícia Civil apresentou, na manhã desta quinta-feira (22), o suspeito de possível estupro e tentativa de homicídio contra a mulher de 26 anos encontrada queimada e amarrada com arame, no dia 30 de julho, em uma valeta no Bosque dos Pinheiros, Zona Sudeste. De acordo com a delegada de Mulheres, Ângela Fellet, policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do homem, no Parque Burnier, e encontraram diversas vestimentas semelhantes às que aparecem nas gravações do circuito que capturaram as imagens do local do crime. Também foram achados preservativos e embalagens de gel lubrificantes com o mesmo lote das embalagens encontradas ao lado da vítima. Segundo a delegada, o rasgo feito na embalagem localizada junto à mulher se encaixa, como peça de quebra-cabeça, com uma, também rasgada, localizada pelos policiais na residência do suspeito, onde também foram encontrados capacetes. Um deles, que está quebrado, pode ter sido usado para golpear a vítima.
Conforme a delegada, o estupro ainda não está confirmado, pois o inquérito depende de um laudo médico. “Na verdade, quando ela deu entrada no hospital, devido à gravidade do seu estado, a equipe médica priorizou salvar sua vida. Pelo fato de ter sido encontrada seminua, com as pernas amarradas, além dos preservativos, temos indícios de que pode ter havido estupro”, explicou a Ângela.

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Perigoso

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O suspeito, considerado de alto periculosidade, encontrava-se preso no Ceresp, porque, depois do crime contra a mulher, foi capturado em flagrante por tráfico de drogas. “Agora a Justiça determinou a prisão preventiva dele em relação ao crime contra a vítima. Assim, ele permanece acautelado. O inquérito está praticamente concluído, temos provas técnicas e testemunhais, para o indiciamento”, ressaltou a policial, lembrando que o homem tem diversas passagens por tráfico de drogas, roubos e furtos. Segundo o inquérito, ele não tinha um relacionamento com a vítima, mas, no dia do crime, ela teria pego uma carona com ele.

Perante à imprensa, o suspeito disse que não sabia do que estava sendo acusado e afirmou que não tinha relação com a mulher, que teve o braço amputado e o seio reconstruído em decorrência das graves queimaduras sofridas. Quase dois meses depois do crime, ela permanece internada no CTI do HPS, sedada e respirando por aparelhos.

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Inicialmente, a Polícia Civil tinha como suspeito um ex-namorado da mulher. Menos de uma semana depois da tentativa de homicídio, a linha de investigação mudou, e os policiais identificaram outro homem, que teria estuprado e tentado matar a vítima queimada e com um golpe na cabeça. Imagens de câmeras de segurança nas imediações de onde aconteceu o crime ajudaram a polícia a elucidar o caso.

No momento da tentativa de assassinato, a vítima teria gritado, e o homem a teria golpeado na cabeça, ateando fogo em seu corpo em seguida. A vítima foi encontrada por uma pessoa que passava pelo local. Ela estava com uma calça de moletom abaixada até próximo ao tornozelo e com pedaços de arame farpado agarrados na roupa. A queimadura se estendia do braço direito até a região da cintura com exposição de osso. A mulher também apresentava ferimentos traumáticos na face. Um homem foi visto deixando o local em uma moto.

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