A MRS Logística, concessionária que administra a ferrovia, esclareceu na manhã desta quinta-feira (22) que os dois maquinistas envolvidos no atropelamento fatal de um idoso na tarde de quarta “estão perfeitamente habilitados para a função”. A Polícia Militar havia informado que os dois profissionais foram conduzidos porque um deles não teria apresentado documento para exercer o ofício e o outro estaria com a documentação vencida. “As informações sobre problemas com habilitação de nossos profissionais não procedem”, garantiu a MRS. Segundo a empresa, não existe documento emitido por órgão público, semelhante à CNH, para a operação de trens de carga. “O controle das habilitações é vinculado a diversos treinamentos e certificações regulares da própria empresa, é eletrônico (muito mais seguro) e dispensa o porte de qualquer documento.”
Os dois maquinistas chegaram a ser conduzidos pela PM à 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha. “Não houve qualquer tipo de detenção no pós-acidente. Nossos profissionais foram convocados à delegacia para falar com o delegado, situação de praxe em acidentes de trânsito”, informou a MRS em nota. A empresa enfatizou que a operação ferroviária estava normal, sob todos os aspectos.
O acidente tumultuou o trânsito na região central. Antônio Toledo de Queiroz, 91 anos, foi atingido por uma composição férrea, por volta das 17h30, na passagem para pedestres próximo à sede social do Tupi, na Avenida Francisco Bernardino. O Samu chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu. O trem seguia de Matias Barbosa para Conselheiro Lafaiete. O maquinista disse à PM que trafegava a 40 km/h e avistou o pedestre andando com dificuldade. O condutor afirmou ter acionado a buzina diversas e acrescentou que algumas pessoas tentaram impedir a travessia do idoso, mas ele teria se desvencilhado, ocorrendo o atropelamento. A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e o corpo foi encaminhado ao IML.