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Mais de 600 alunos sem aula após 7º arrombamento em escola

Olavo Prazeres
As caixas dos tablets foram deixadas no chão ( Olavo Prazeres)
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Atualizada às 17h44

Os mais de 600 alunos da Escola Estadual Batista de Oliveira ficaram sem aula nesta segunda-feira (22) devido ao sétimo arrombamento seguido de furto este ano na instituição, que funciona na Avenida Sete de Setembro, no Bairro Costa Carvalho, Zona Sudeste. Desta vez, os ladrões entraram pela porta da frente, danificando a estrutura de ferro, e levaram 38 tablets, enviados pelo MEC, que ainda estavam guardados nas caixas, além de duas impressoras, um aparelho de fax e um roteador. Todo o sistema de alarme também foi destruído na ação criminosa, e várias salas reviradas, incluindo a da diretoria e dos professores.

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Após o terceiro crime somente neste mês de junho, os docentes decidiram mobilizar também os estudantes e prometem realizar um ato de protesto que pode fechar o trânsito na Avenida Sete a partir das 10h desta terça-feira. O objetivo é mostrar para a população a situação enfrentada pela escola e chamar a atenção das autoridades.
“Estamos até tentando fazer um trabalho de resgate da escola em trabalhos desenvolvidos com os próprios alunos, como a pintura de algumas áreas, mas praticamente todo fim de semana estamos sendo ‘visitados'”, desabafou o professor de história Henrique Araújo Soares. Lecionando há 11 anos na Batista de Oliveira, ele disse que nunca houve um momento de tantos crimes sucessivos e que, além da insegurança, o colégio está com a infraestrutura comprometida. Como exemplo, ele citou um muro que ameaça desabar junto a uma encosta, e uma pilha de carteiras fora de uso ao lado de um matagal, onde também há lixo.

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Ainda segundo ele, o sistema de câmeras que já auxiliou na investigação de invasões anteriores também está inoperante. “Está insustentável. É uma prova do descaso com a educação. Só não desistimos ainda porque acreditamos”, completou o professor.

Policiais militares registraram a ocorrência na segunda, e peritos da Polícia Civil fizeram levantamentos no local. Nenhum suspeito foi encontrado. As aulas foram canceladas devido aos trabalhos policiais e, segundo Henrique, o funcionamento será normal nesta terça, apesar da manifestação prevista.

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Superintendência Regional

Procurada pela Tribuna, a Superintendência Regional de Ensino informou que está tomando as providências para melhorar a segurança na escola. O diretor administrativo e financeiro do órgão, Marcelino Rocha, disse que esteve ontem na instituição de ensino para averiguar os danos e saber das necessidades para poder buscar recursos junto à Secretaria Estadual de Educação. “Queremos ajudar a escola e estamos abertos à toda comunidade escolar.” Ele acrescentou que os tablets furtados eram direcionados aos professores do Ensino Médio.

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Em relação ao muro, o diretor disse que um engenheiro já esteve no local e que a direção da Batista de Oliveira foi orientada a notificar a empresa responsável pela obra, porque a mesma ainda estaria no prazo de garantia. Após os argumentos da empresa, o engenheiro fará uma nova análise da situação. Paralelamente, foi solicitado que a direção entre em contato com a vizinhança em uma tentativa de baixar o nível do barranco que está junto ao muro, inclusive por questões de segurança, e também para evitar um possível deslizamento.

 

 

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