Anteriormente definido para esta quarta-feira (22), o julgamento de Jaime Tristão Alves, 41, tem nova data. O suspeito do sumiço da ex-mulher Cláudia de Paiva Rezende Alves, 47 anos, será levado a júri popular em 2 de junho, segundo confirmou à Tribuna o promotor Hélvio Simões. A data sofreu alteração em decorrência da pandemia da Covid-19. O Tribunal do Júri informou que 22 júris e 49 audiências deixaram de ser realizadas em detrimento da pandemia. Todas elas, porém, já foram remarcadas.
Desde agosto de 2019, Jaime está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp). O próprio réu chegou a procurar a Polícia Militar para registrar o desaparecimento da ex-mulher, caindo em contradição posteriormente em depoimento. Ele alegou que havia bebido e que não se lembrava de horários e nem o que havia feito no período em que Cláudia foi vista pela última vez. Jaime Tristão Alves foi capturado pela Polícia Civil em uma casa alugada por ele em Rochedo de Minas, município da Zona da Mata, situado a cerca de 54 quilômetros de Juiz de Fora.
Ele nega ter cometido o crime contra sua ex-companheira. As apurações da Polícia Civil, porém, mostraram que uma pessoa com características semelhantes às de Claudia entrou no carro do suspeito na Rua Eraldo Guerra Peixe, mesma via que tanto a mulher, como o ex-marido, havia acessado no dia do desaparecimento. Apesar das imagens, ele disse não tê-la visto.
O Ministério Público, entretanto, garantiu que os filhos da vítima reconheceram a mãe entrando no carro do suspeito usando um body rosa, calça jeans, um casaco de cor preta e uma bolsa marrom.
Em 10 de dezembro de 2019, o corpo com as mesmas características de Cláudia foi encontrado em uma mata às margens de uma estrada vicinal no Bairro Barreira do Triunfo, próximo à BR-040, na região Norte. O cadáver foi reconhecido por familiares, já em avançado estado de decomposição, e estava com as mesmas roupas que a vítima usava quando foi vista pela última vez no Nova Era, bairro onde morava. Ainda conforme as investigações, o ex-marido dela esteve na mesma área onde o corpo foi encontrado. Segundo o delegado Rafael Gomes, que presidiu o inquérito, o GPS do celular de Jaime apontou a presença dele naquela região da Barreira do Triunfo, Zona Norte, no dia 6 de julho, quando a vítima desapareceu. Vestígios de sangue também foram encontrados no carro do réu.