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Operação Stigmata detém oito suspeitos de dois homicídios

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Delegacia de Homicídios deflagrou operação Stigmata no Bairro Santa Rita (Foto: Divulgação Polícia Civil)
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Cinco jovens, com idades entre 19 e 24 anos, foram presos, e três adolescentes, de 16 e 17 anos, apreendidos, durante a Operação Stigmata, deflagrada pela Delegacia Especializada de Homicídios, na manhã desta sexta-feira (22), no Bairro Santa Rita, Zona Leste de Juiz de Fora. Durante o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão relacionados a dois homicídios ocorridos na mesma localidade, a Polícia Civil também apreendeu um revólver calibre 38, com cinco munições e uma porção de cocaína. Os assassinatos de dois rapazes, ambos de 19 anos, aconteceram em setembro de 2023 e em janeiro deste ano e teriam sido motivados por rivalidade entre grupos ligados às duas principais facções criminosas do país, que disputam territórios para a venda de entorpecentes.

“Conseguimos efetuar a prisão/apreensão de oito indivíduos envolvidos nesses crimes. Eles também têm relação com o tráfico de drogas”, resume a delegada Camila Miller, sobre a Operação Stigmata. “As duas vítimas pertenciam ao mesmo grupo e foram atacadas por pessoas vinculadas ao grupo rival. Essa diferença de vínculo com o crime organizado foi uma das motivações dos crimes, mas não foi a única”, complementa a titular da Delegacia Especializada de Homicídios, sem revelar mais detalhes.

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Segundo ela, os suspeitos detidos nesta sexta serão ouvidos, e outras diligências serão cumpridas. “As investigações já estão bem avançadas.” Sobre a arma de fogo apreendida, que estava com a numeração suprimida, a delegada explicou que ainda não é possível afirmar se a mesma foi utilizada em algum dos homicídios. “As duas vítimas foram atingidas com diversos disparos, de mais de uma arma.” O revólver será periciado.

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Stigmata

Todos os alvos da operação moram e atuam no Santa Rita, conforme a delegada. “Motivo pelo qual demos o nome de Stigmata, em referência ao estigma de Santa Rita de Cássia”, contextualiza. Dois suspeitos ainda são procurados.

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Jovem morto em janeiro havia sobrevivido a atentado

De acordo com a delegada Camila Miller, o jovem assassinado em janeiro também havia sido alvo de disparos na mesma ocasião do homicídio de setembro, mas sobreviveu, até ser alvo da outra ação criminosa, na madrugada de 19 de janeiro. O rapaz foi perseguido e executado a tiros por três bandidos, que usavam touca ninja e blusa camuflada. Um adolescente, 17, que estava junto com a vítima, foi alvejado na coxa direita. O trio teria fugido em direção ao escadão do bairro, de acesso à parte mais alta.

Sobre a situação dos grupos rivais, que seriam ligados às duas principais facções criminosas do país, a delegada Camila Miller explica que um deles assumiu o controle (do tráfico) da maior parte da cidade. “Aquela suposta guerra que estava tendo até o final do ano passado foi apaziguada, mas, ainda assim, tivemos esse homicídio em janeiro, motivado por conta da ‘guerra’ de grupos rivais.”

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Segundo ela, os bandos ligados ao tráfico de drogas “e que atuam no país inteiro” seguem sendo investigados, inclusive por forças-tarefas e delegacias de Belo Horizonte.

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