Com o aumento da quantidade e da frequência de chuvas, a Secretaria de Saúde lançou um alerta para a população quanto aos riscos da leptospirose – doença transmitida por meio do contato com água contaminada, principalmente nos casos de alagamentos e enchentes.
Segundo a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde (PJF), Cecília Kosmann, os sintomas mais frequentes são parecidos com os da gripe e da dengue: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse.
Na ocorrência destes sintomas, a orientação é buscar atendimento. Por esse motivo, a gerente instrui a população a informar ao médico sobre contato recente com água de enchentes ou inundações. “Caso a pessoa esteja sentindo febre, náuseas e dores no corpo, no momento da consulta médica deve informar também se teve contato com água ou lama das chuvas nos últimos 30 dias”.
Geralmente, nas formas mais graves da doença, há também o surgimento de icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite e insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
O tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.
Transmissão
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. A urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As bactérias presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.
