O Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa) de janeiro aponta estado de alerta para o risco de dengue em Juiz de Fora. Com resultado de 3,9%, o índice está pouco abaixo da categoria considerada como risco de surto, caracterizada por resultados superiores a 4%. Ao todo, 5.540 imóveis em 220 bairros de Juiz de Fora foram vistoriados, entre os dias 2 e 10 de janeiro.
Conforme dados do levantamento, os percentuais mais altos de infestação estão em bairros das regiões Norte e Leste. Os maiores números de focos positivos foram encontrados no Distrito Industrial e no Milho Branco, Zona Norte, com dez focos em cada um dos bairros. No Bom Pastor, região Sul, foram encontrados sete focos. No Marumbi, Zona Leste, foram achados seis e, em Santa Luzia, Zona Sul, cinco.
A Secretaria de Saúde afirmou que os resultados do projeto Aedes do Bem devem começar a aparecer no próximo Liraa, que deve ser realizado em março. O projeto tem como objetivo reduzir a população selvagem do Aedes aegypti por meio da soltura de mosquitos geneticamente modificados nos bairros Vila Olavo Costa, Monte Castelo e Santa Luzia.
Apesar do resultado apurado, segundo a Secretaria de Saúde, o número baixo de notificações de casos prováveis de dengue aponta para uma situação de controle no município. Neste ano foram notificados seis casos prováveis de dengue, ainda sem confirmação. No mesmo período do ano passado, quando o Liraa foi de 3,4%, 76 casos de dengue já haviam sido confirmados, com um total de 263 casos suspeitos notificados.
O Liraa apontou também que o maior número de focos está nas residências e em estabelecimentos comerciais. Considerando ainda as chuvas e o clima quente, favoráveis para a proliferação do mosquito, a vistoria feita nos possíveis locais de criadouro deve continuar. Com o aumento de casos da febre amarela, que pode ser transmitida pelo Aedes aegypti na Zona Urbana, o cuidado deve ser redobrado, tanto em Juiz de Fora como na região. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, em Visconde do Rio Branco, cidade localizada a 130 quilômetros de Juiz de Fora, há 55 casos prováveis de dengue. É a única cidade da Zona da Mata que está com maior incidência da doença.
Disque-Dengue
O 199, telefone do Disque-Dengue em Juiz de Fora, recebeu 1.164 solicitações no ano passado. As manifestações corroboram o maior índice de infestação verificado no Liraa, pois foram mais comuns nas regiões Norte (233), Sul (229) e Leste (179). Entre os pedidos mais comuns estão verificação de lixo (245), casas abandonadas (173), vasilhames (140), poças d`água (128) e caixas d`água destampadas (117).