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Ocupação de leitos de UTI-SUS em Juiz de Fora atinge 95% de capacidade

HPS coronavirus by fernando
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Os leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora atingiram 95,06% de ocupação na noite de domingo, às 22h15, de acordo com levantamento foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Conforme os dados divulgados pelo órgão, dos 94 leitos de UTI disponíveis pela rede pública para atendimento a pacientes com Covid-19, 89 estavam ocupados. Dos outros 88 leitos voltados para os demais atendimentos, 84 contavam com pacientes internados. O levantamento exclui os hospitais oncológicos (Ascomcer e Instituto Oncológico). No fim da manhã desta segunda-feira (21), às 11h47, o índice de ocupação de UTI Covid da Rede SUS, em Juiz de Fora, era de 90,8%, conforme a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora.

Diante desta quadro, já há relatos de pacientes de Juiz de Fora que são transferidos para internação em cidades da região. De acordo com o Promotor de Saúde, Rodrigo Barros, pacientes foram direcionados neste final de semana para cidades como Santos Dumont, Ubá, Leopoldina e Cataguases. “De fato, existe um exaurimento total de leitos de UTI da cidade. A cidade, hoje, está contando muito com a rede macrorregional e, se for necessário, vai contar também com a rede estadual do SUS, que é integrada e única.”

Conforme a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, a subsecretaria de Regulação acompanha a situação local e pode, mediante demanda, redirecionar pacientes para outros municípios. “O SUS é um sistema único e universal de assistência à saúde que atua em rede, portanto, se necessário, pacientes de Juiz de Fora podem ser transferidos para hospitais da microrregião. Assim como, o Município pode receber pacientes de outras cidades. O Plano de Contingência de Enfrentamento à Covid-19 do Estado de Minas Gerais já prevê esse suporte entre as cidades”, informou em nota.

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Reunião emergencial com gestores

De acordo com o promotor de Saúde, houve uma reunião emergencial neste domingo entre os gestores dos hospitais, representantes da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e da gerência Regional de Saúde do Governo de Minas. Questionado sobre possíveis novas medidas restritivas, Barros explica que houve solicitação, inclusive, dos hospitais. “Os gestores hospitalares foram uníssonos e formalizaram esse pedido à Prefeitura, de que haja medidas mais restritivas nesse controle da pandemia, porque, no estado atual, é impossível que a rede hospitalar de Juiz de Fora – e aí estou dizendo não somente pelo SUS, mas da rede privada também – suportar essa pressão e a demanda de pacientes que está sendo apresentada diariamente a esses hospitais.”

A situação tem causado alerta, inclusive, nas cidades da região, que também dependem da rede hospitalar de Juiz de Fora para atendimento de pacientes com Covid-19. Neste domingo, a Promotoria de Justiça de Saúde de Além Paraíba, por exemplo, emitiu um alerta para a população, solicitando que a mesma fique em casa e evite aglomeração nas festividades de final de ano.

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“A nossa preocupação é que tem de haver uma mudança de postura e mudança de conduta da população em geral. O sistema não suporta mais tantos pacientes atendidos ao mesmo tempo. Nós estamos batendo recordes diários de internação e, por mais que tenha sido ampliado esse quantitativo de leitos para atender os pacientes em UTI Covid e também enfermaria, esses leitos hoje, infelizmente, não são mais suficientes”, diz o promotor Rodrigo Barros.

De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela PJF neste domingo, Juiz de Fora tem 12.370 diagnósticos confirmados para Covid-19, além de 439 óbitos relacionados à doença. No sábado (19), 12.314 pacientes tiveram a confirmação de contaminação pelo coronavírus, além de 437 óbitos. Ou seja, em 24h, a PJF confirmou 56 novos casos e duas novas mortes.

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