Dois jovens mineiros foram premiados na última quinta-feira (18) na Copernicus Olimpíada, uma das principais olimpíadas de matemática do mundo realizada em Nova Iorque, são eles: Natália Trigueiro e Emanuel Lopes.
A juiz-forana Natália, 12 anos, foi destaque, ficando com o melhor resultado da categoria 2. Natural de Juiz de Fora, mas moradora de Belém, há três anos, a jovem começou a participar das provas após a pandemia e, só no ano passado, foram 20, incluindo a mesma Copernicus. Esse ano, com a companhia da família, ela pode comemorar mais uma medalha.
“Para mim, foi mais uma experiência incrível. Essa competição está cada vez mais concorrida, e os desafios são cada vez maiores. Fiquei muito feliz por ter alcançado o primeiro lugar geral. Foi a realização de um sonho, fruto de dedicação e foco. A sensação é que a matemática não tem limites!” A família, representada pela mãe, Fernanda Pedra Pinto, também se emocionou junto com a competidora. “Para a família é altamente gratificante ter uma filha tão especial e perseverante. Nos sentimos muito privilegiados de ter uma filha como ela.”
A premiação, aliás, veio em boa hora, não apenas para coroar os dias de muito estudo, mas também para fechar um ciclo. “Foi um momento ainda mais especial, pois o resultado saiu hoje (quinta-feira, 18), dia do aniversário de 12 anos da Natália. Um grande presente!” disse a mãe à Tribuna.
Sensação de felicidade por honrar seu país, diz Emanuel
Outro jovem premiado foi Emanuel. O menino, de 13 anos, ficou com a medalha de prata na sua categoria e vibrou, com alegria, a materialidade fruto do seu estudo. “A sensação é de felicidade, por poder honrar meu país, de gratidão e de respeito pelos outros participantes. É ver que meu esforço foi valorizado, que valeu a pena. E que eu consigo alguma coisa que materializa essa minha conquista.”
Para a mãe, Caroline Lopes, a emoção vai além da medalha e das jornadas de estudos. “Poder vê-lo subindo no palco, recebendo a medalha, é uma sensação surreal. Ele passou vários finais de semana estudando para poder chegar aqui, algo que não é fácil pra um menino de 13 anos, abdicar de jogar um videogame, de ir no shopping com os amigos. É ver que o esforço dele valeu a pena. Como pais, ficamos muito felizes e orgulhosos.”
A premiação é também o resultado de um trabalho coletivo. “Meu esposo não pode vir, é um custo muito alto para a gente participar de um evento assim. Só conseguimos graças ao patrocínio da MRS e a ajuda de todos que fizeram rifas e vaquinhas.”
Mas não para por aí, Emanuel levou pra casa não apenas a medalha de prata mas também um convite para ser delegado na YMUN, a Yale Model United Nations, uma simulação das Nações Unidas promovida pela Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, Estados Unidos.
Agora, retornando premiados ao Brasil, os jovens já miram nos próximos eventos. No Brasil, Natália participará das fases finais da OBMEP e da OBI. Internacionalmente, a jovem participará da AMO, a olimpíada americana de matemática. Já Emanuel vai participar da Mandacaru, Starboard Science e também da segunda fase da OBMEP.