Juiz de Fora está entre 11 cidades do Brasil escolhidas para participar do projeto Ruas Completas, iniciativa da WRI Brasil em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Na manhã desta sexta-feira (21), foi realizado workshop para discutir a iniciativa na cidade, que prevê o planejamento e a humanização de vias públicas. O conceito de rua completa propõe que as ruas sejam desenhadas para garantir acesso seguro a todos os usuários – pedestres, ciclistas, usuários do transporte coletivo e motoristas – a partir de elementos de desenho urbano, mobiliário e infraestruturas que melhoram as condições de segurança e acessibilidade.
“Em abril lançamos o projeto Ruas Completas com a proposta de que as vias ofereçam mais segurança e conforto aos usuários, de forma a proteger os mais vulneráveis que são pedestres e ciclistas”, explica a analista de desenvolvimento urbano da WRI, Ariadne Samios. “Recebemos 36 cidades interessadas e escolhemos 11 para que possam participar do treinamento e, também, serem disseminadoras da proposta.” Além de melhorias em infraestrutura para melhorar a mobilidade, há o incentivo do uso de transportes não motorizados e de ações que priorizam o meio ambiente.
Até dezembro, Juiz de Fora irá participar dos estudos técnicos para, posteriormente, planejar a implantação em uma das ruas da cidade que servirá de exemplo para a expansão do projeto dentro da cidade e em outros municípios.
O workshop contou com a participação do prefeito Bruno Siqueira, do vice-prefeito Antônio Almas, do secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, de vereadores da cidade, prefeitos de municípios vizinhos e técnicos da Prefeitura. O evento aconteceu logo após o lançamento do aplicativo de celular CittaMob Acessibilidade, voltado para que pessoas que tenham baixa ou perda total de visão recebam informações como previsão de chegada dos ônibus, localização de pontos mais próximos e quais veículos são acessíveis aos cadeirantes.
Conheça os elementos que podem ser contemplados por um projeto de rua completa:
- Nivelamento da via com as calçadas;
- Medidas moderadoras de tráfego;
- Acessibilidade universal;
- Sinalização clara e orientada ao pedestre;
- Mobiliário urbano (lixeiras, bancos, postes de iluminação etc.);
- Faixas de segurança;
- Estreitamento das travessias e ilhas de refúgio para pedestres;
- Diminuição da oferta de estacionamento gratuito para carros;
- Ciclovias e/ou ciclofaixas;
- Faixas de ônibus;
- Acesso facilitado aos pontos de parada do transporte coletivo.