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Obras em viaduto começam na próxima semana

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viaduto PJF
Objetivo com novo traçado é reduzir as retenções do tráfego em outros corredores importantes, como avenidas Itamar Franco e Getúlio Vargas (Foto: Reprodução/PJF)
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Começam na próxima semana as obras para construção de uma alça no Viaduto Augusto Franco, elevado entre a Avenida Brasil e a Praça Antônio Carlos. A ideia é que o novo traçado permita acesso dos veículos diretamente à Avenida Francisco Bernardino, em direção à Praça da Estação, com objetivo de reduzir as retenções em outros corredores de tráfego importantes, como as avenidas Itamar Franco e Getúlio Vargas. Em solenidade, na tarde desta quinta-feira (21), o prefeito Antônio Almas (PSDB) assinou a ordem de serviço para o início da execução, que será feita pela empresa Paineira Engenharia, de Belo Horizonte, vencedora de licitação pública. O prazo estipulado para concluir os trabalhos é de oito meses, mas existe expectativa da construtora de reduzir este tempo. A intervenção é custeada com recursos do Ministério dos Transportes, a partir de um convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), e contrapartida da Prefeitura, e compõe o conjunto de obras viárias anunciadas ainda em 2012, que ainda prevê a construção de viadutos. Durante a solenidade, o prefeito falou do movimento grevista dos trabalhadores da Amac.

A empreiteira responsável pela obra ofereceu desconto de 15,2% do valor estipulado no edital da licitação, prometendo construir o braço do viaduto por R$ 4,2 milhões. Segundo a subsecretária de Coordenação e Projetos da Secretaria de Obras, Roberta Ruhena, o montante já se encontra integralmente nos cofres do município, o que garante o início e o término da obra. De acordo com o sócio-diretor da Paineira Engenharia, Leonardo Ferreira, na semana que vem, começam os trabalhos de topografia. Além disso, as estruturas metálicas já foram contratadas e também devem chegar na próxima semana. “Estamos fazendo a contratação de 20 a 30 pessoas, como pedreiros, serventes e carpinteiros. Também devemos gerar, indiretamente, outros 20 postos de trabalho, pois algumas execuções deverão ser feitas por empresas especializadas”, informou, explicando que a estrutura da alça chega ao município pré-montada, a partir de Ipatinga. Não estão previstos impactos no trânsito nesta fase inicial das obras. Segundo Leonardo, as atividades estarão concentradas em uma área confinada entre a linha férrea e a Rua Ângelo Falci. Porém, quando for fazer a ligação com a avenida, interdições pontuais deverão ser promovidas.

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Outras obras
Esta é a quinta intervenção urbanoviária promovida pela Prefeitura com o intuito de reduzir os impactos da malha urbana com a linha férrea. Somam a este trabalho as obras já feitas de três pontes sobre o Rio Paraibuna, além do viaduto Engenheiro Renato José Abramo, na altura do Clube Tupynambás, ainda em andamento. Conforme o secretário de Obras, Amaury Couri, a inauguração está prevista para 2019. “Ali são dois viadutos, e o miolo dele, que é a parte estrutural, está sendo finalizado. Em seguida será feito o complemento nas laterais, através da fundação da terra armada. Paralelamente a esta intervenção, vamos licitar uma galeria de captação de água pluvial na Rua Osório de Almeida (Bairro Poço Rico), para acabar com os alagamentos que ocorrem no período chuvoso”, informou, explicando que os trabalhos terminam com a conclusão dos acessos.

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Amaury também se diz confiante com as outras obras viárias previstas neste pacote de intervenção. Uma novidade anunciada é que as trincheiras que seriam construídas na Rua Benjamin Constant e entre a Avenida Francisco Bernardino e o Terreirão do Samba serão substituídas por dois viadutos. “O lançamento desta licitação está previsto para novembro, pois estamos finalizando os projetos. São aproximadamente R$ 23 milhões, e já temos R$ 17 milhões garantidos”, disse, acrescentando que a MRS Logística está custeando os projetos executivos do conjunto de obras viárias.

Ainda conforme o secretário, a Prefeitura, em parceria com a MRS, está estudando um novo desenho viário para a região da Avenida dos Andradas, que poderá ganhar dois viadutos, que irá contemplar toda a área entre as ruas Mariano Procópio e Tereza Cristina. Já o viaduto do Bairro Barbosa Lage, que eliminaria a interferência com a linha férrea, poderá ganhar um novo traçado. A ideia, ainda em estudo, é unir a praça do bairro até próximo ao trevo de acesso à BR-267, no Nova Era.

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‘Projeto de Estado’
Em entrevista após a assinatura da ordem de serviço, o prefeito Antônio Almas classificou o conjunto de obras viárias como um projeto para a cidade, e não de um único governo. “Esta composição começou lá atrás, ainda na administração do ex-prefeito Custódio Mattos (PSDB). Grande parte da execução ocorreu durante a administração do Bruno (Siqueira, MDB) e, agora, a gente vai dar continuidade a mais uma fase. Eu não consigo entender que ainda há pessoas com visões pequenas relacionadas à administração pública. O que devemos é fazer projetos de Estado, e esta é uma demonstração de projeto de Estado. Pois parte de uma concepção para um período e execução, que pode transitar por vários governos. Devemos, sempre, pensar a cidade que deixaremos para nossos filhos e nossos netos.”

Em solenidade, prefeito critica manifestação da Amac

Durante sua explanação, o prefeito Antônio Almas também falou da situação dos trabalhadores da Amac, que estão com as atividades paralisadas por causa do risco de enxugamento do seu quadro de pessoal. O problema ocorre porque a Amac deixará de executar alguns serviços da assistência social no município, após perder parte dos contratos para outras entidades, em consequência do chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Social, como determina a legislação federal. Embora a condição jurídica da Amac ainda seja questionada na Justiça — se pública ou privada —, o prefeito a classificou como “uma instituição que presta serviço à Prefeitura” acrescentando que, “portanto, negociamos diretamente com a sua direção. A questão do ponto de vista contratual, dificuldades que possam estar existindo entre Amac e seus funcionários, deve ser discutida neste âmbito. E não trazer para a Prefeitura uma relação e uma responsabilidade que não é dela”.

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O prefeito criticou, ainda, as informações de que o Executivo não estaria aberto ao diálogo. Segundo ele, causou estranheza o fato de representantes da entidade exigirem reunião na segunda-feira, quando era fato público que ele estaria cumprindo agenda oficial em Belo Horizonte. “Todos os envolvidos continuam conversando. E foi pedido uma reunião com o prefeito, que foi agendada, desde a semana passada, para o final desta semana. Muito me estranhou este movimento paredista, com irregularidades do ponto de vista jurídico.” Os trabalhadores da Amac mantêm parte das atividades interrompidas pelo menos até esta sexta-feira (22).

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