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PJF não apresenta proposta, e servidores municipais seguem em greve

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Servidores municipais em greve fazem protesto pelas ruas de Juiz de Fora (Foto: Divulgação Sinserpu)
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Os servidores municipais, que deflagraram greve por tempo indeterminado na última quarta-feira (20), sentiram-se frustrados nesta quinta (21), diante da ausência de uma nova proposta por parte da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) referente à Campanha Salarial 2024. Manifestantes iniciaram ato às 9h, no pátio da sede do Executivo municipal, aguardando reunião às 10h com o secretário de Recursos Humanos, Rogério Freitas. No entanto, ele teria justificado aos sindicalistas não ter autonomia para deliberar sobre um novo acordo, já que a a prefeita Margarida Salomão (PT) está em Brasília.

Ainda nesta quinta, o Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu-JF) entregou ao presidente da Câmara Municipal, José Márcio Garotinho (PDT), um ofício solicitando, em caráter de urgência, uma audiência pública para tratar da negociação salarial dos servidores. Nesta sexta (22), os manifestantes fazem concentração às 7h na garagem da Secretaria de Obras, no Bairro Poço Rico, Zona Sudeste, e seguem em protesto até o prédio da Prefeitura, onde acontece outra assembleia. Procurada pela Tribuna, a PJF informou que, no momento, não vai se manifestar sobre a greve.

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Categoria em greve quer IPCA mais 10% de reajuste

A pauta de reivindicações dos servidores foi aprovada em assembleia no dia 7 de dezembro, com pedidos de recomposição salarial pelo IPCA, mais 10% de reajuste para reparar as perdas dos últimos anos, além de ticket-alimentação no valor de R$ 600 para todos. “A Administração Municipal ofereceu reposição salarial de apenas 4,62% (o IPCA do período), retroativo a janeiro, e – depois de muita insistência dos sindicatos que compõem o Fórum Sindical – o mesmo índice no ticket-alimentação”, destaca o Sinserpu.

A categoria reclama de morosidade por parte da Prefeitura para negociar com o sindicato. No protesto desta quinta, os manifestantes carregavam faixas exigindo salário digno e cumprimento das promessas de campanha, além de questionarem onde entra o servidor no governo “Tudo para todos”. Eles percorreram a Avenida Francisco Bernardino, a Rua São Sebastião e a Avenida Rio Branco, finalizando o ato no Parque Halfeld. Na assembleia ainda foi feito o “varal das mensagens”, para representantes de cada categoria do funcionalismo poderem deixar seu “recado”.

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Médicos e odontólogos aceitam índices com condições

Além do Sinserpu, o Fórum Sindical do Serviço Público Municipal de Juiz de Fora, criado para unificar as negociações salariais neste ano, também é formado pelos sindicatos dos professores (Sinpro), engenheiros, médicos e odontólogos. Na noite de quarta-feira, as duas últimas categorias decidiram em assembleia aceitar o índice de 4,62% referente à reposição salarial através do IPCA, retroativo a janeiro de 2024, com as seguintes condições: extensão do ticket-alimentação para todos os médicos e dentistas; equiparação dos vencimentos de médicos/dentistas (20h) aos vencimentos dos demais técnicos de nível superior (40h); efetivação da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, com alteração da lei em vigor para corrigir as distorções que geram inseguranças aos servidores. Em caso de negativa da PJF, as duas categorias fazem assembleia na próxima semana, com indicativo de paralisação.

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