Um ônibus da Viação Util, que saiu de Juiz de Fora e seguia para o Rio de Janeiro, foi apedrejado, por volta das 8h deste sábado, na BR-040, altura da cidade de Petrópolis (RJ). De acordo com a pedagoga Teka Figueira, que estava no ônibus no momento do incidente, uma passageira teve o braço machucado pela pedra, que quebrou um vidro e acertou um assento do veículo. “Estávamos todos dormindo, e houve um barulho de janela se quebrando. Os outros vidros ficaram trincados. Ficamos em pânico e pedimos para o motorista acelerar, com medo de sermos assaltados.” Segundo a pedagoga, o motorista explicou que pedras são arremessadas contra o veículos para que os passageiros sejam feridos. Assim, o ônibus estaciona para prestar socorro, e criminosos aproveitam para assaltar os viajantes. “O motorista ainda disse que a situação tem sido recorrente. Mas que ainda não havia registro da tentativa de assalto durante o dia”, ressaltou.
Ainda segundo a passageira, o ônibus parou alguns quilômetros depois para prestar assistência à mulher ferida. “A passageira pediu para descer na rodoviária de Petrópolis, e o motorista atendeu ao pedido.” Na entrada do Rio, segundo Teka, o motorista ainda parou para terminar de quebrar o vidro atingido, para que estilhaços não acertassem as outras pessoas.
Procurada, a Util, por meio de sua assessoria de imprensa, disse em nota que, no momento do incidente, o motorista parou o veículo e prestou socorro e apoio aos passageiros. Ainda de acordo com a empresa, a passageira atingida apresentou apenas arranhões leves no braço e teria relatado ao motorista que estava assustada e que preferia ficar na rodoviária de Petrópolis. Dessa forma, o motorista parou o ônibus na rodoviária do município para que a mesma entrasse em contato com a família.
Em janeiro deste ano, a Tribuna denunciou alguns casos de assaltos a ônibus na BR-040 entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Os criminosos cercam os veículos, efetuam disparos de arma de fogo, ferem passageiros e utilizam até arma de choque para intimidar as vítimas. Na época, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que os bandidos agem de forma premeditada, obtendo informação dos destinos dos ônibus, fazendo uma suposição dos valores que são transportados. A PRF afirma que está atenta ao problema, mas é necessário a colaboração da população, por meio de denúncias.