Atualizada às 20h06
Para realizar o levantamento, a cidade foi repartida em 13 estratos com números aproximados de imóveis. Entre as divisões, a que engloba parte da Zona Sul, incluindo bairros como Altos dos Passos, Cascatinha e Estrela Sul, foi a que teve o maior percentual de focos do mosquito, com 6,88%. Apesar disso, teve uma queda em relação a 2014, quando registrou 9,68% de infestação. Em seguida, está o estrato da região Nordeste, incluindo os bairros Filgueiras, Bandeirantes e Santa Terezinha, onde o Liraa subiu de 6,05%, no ano passado, para 6,55, neste ano. A terceira colocação ficou com o estrato que inclui parte da Cidade Alta, como Alto dos Pinheiros, Santos Dumont e Aeroporto, com percetual de 6,26%. Um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando a região registrou 1,96%.
Devido a sua extensão, a Zona Norte foi dividida em três estratos. Assim, apesar de ter o maior número de focos, em todos os seus estratos houve grande queda no percentual de infestação, em comparação com o ano passado. “As pessoas acham que os focos estão sempre na Zona Norte. Mas, neste ano, não é só lá. Ela está sempre em destaque porque é uma região maior. Mas a região Centro-Sul foi a principal em focos do mosquito”, explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde, Magda Ferreira. Os bairros mais afetados são Nova Benfica (Zona Norte), Alto dos Passos e Jardim Gaúcho, ambos na região Sul. As visitas aos imóveis foram realizadas entre os dias 5 e 16 de janeiro. Foram vistoriados 6.249 pontos, nos quais foram identificados 326 focos positivos para o Aedes aegypti.
A subsecretária preocupa-se com a entrada do período chuvoso e com o retorno das férias. No último levantamento, realizado em outubro, o Liraa foi de 0,71%. “Com o pouco de chuva que caiu, o número já aumentou. A gente confia no trabalho educativo, mas não é o que se vê nas visitas. As pessoas acham que é obrigação da Prefeitura retirar o lixo, mas também é obrigação de todo mundo. No ano passado, fizemos dois mutirões em toda a cidade.” O coordenador de campo da equipe de Vigilância em Saúde, Juvenal Franco, ressalta que “80% dos focos são encontrados dentro dos domicílios”.
Entre os principais locais em que foram encontrados ovos do mosquito estão depósitos passíveis de remoção (como lixo, sucatas em pátio, ferro-velho, reciclados e entulho), depósitos móveis (como vasos, pratos, bebedouros e frascos) e depósitos fixos (tanques, borracharias, horta, calhas, lajes, piscinas não tratadas).
Neste início de ano, já houve 13 notificações de casos de dengue, sendo quatro confirmados, enquanto nove aguardam resultado. Em 2014, o ano fechou com 999 notificações, sendo 824 confirmadas e 179 descartadas. Seis casos ainda estão aguardando resultado. Ainda foram registradas, no ano passado, quatro mortes pela doença. Além da dengue, o Aedes aegypti é causador da febre chikungunya e possui sintomas semelhantes, dificultando o diagnóstico e tratamento.
Ponto de apoio
Um ponto de apoio ao programa de combate a endemias foi instalado na Avenida Brasil 800, no Bairro Costa Carvalho, região Sudeste. Segundo Magda, o objetivo é dar melhores condições às equipes de agentes. No local, serão realizadas as compilações de dados e armazenados os produtos químicos utilizados no combate às endemias. O valor do aluguel é de R$ 102 mil, para um período de 12 meses.