O Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora atendeu, na noite de segunda-feira (19), a uma ocorrência de incêndio no prédio onde funcionava a Superintendência Regional de Ensino (SRE-JF), no Bairro Mariano Procópio, região Nordeste. Segundo os militares, o fogo se concentrou em um dos cômodos da edificação, tombada pelo patrimônio histórico municipal, e foi controlado após cerca de uma hora de combate às chamas. Ainda não se sabe como se deu o início do incêndio.
Conforme os Bombeiros, as guarnições foram acionadas por volta das 22h para combater as chamas no prédio, que estava vazio. No local, constataram que o fogo atingia sobretudo um dos cômodos da estrutura, com grande concentração de fumaça e chamas. Os militares relataram que montaram uma linha de ataque direto ao fogo do incêndio, gastando cerca de 3,5 mil litros de água. Após o controle da situação, os bombeiros verificaram que foram queimadas parte do piso de madeira e três janelas do cômodo onde as chamas se concentraram. A Polícia Militar também atendeu à ocorrência.
Imóvel está em situação de abandono há anos
A situação de abandono do imóvel, que abrigou a Superintendência Regional de Ensino até 2009 e é de propriedade do Governo estadual, perdura há vários anos. Em 2014, a Tribuna mostrou que o local já possuía diversos problemas estruturais, tais como muros rachados e telhas francesas quebradas, além do forro de madeira que estava podre. Na ocasião, a assessoria da Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que havia um projeto de reforma e restauração do prédio, que teve a fachada e volumetria construtiva tombadas pelo Município em 2004.
Já em 2021, um comitê local constituído por representantes da Funalfa e SRE foi formado para discutir a situação de alguns imóveis tombados que estavam abandonados no município. Na mesma época, conforme solicitação de representantes do Estado, foi realizada uma ação conjunta para a retirada de pessoas em situação de rua que ocupavam o imóvel. Questionada pela Tribuna, a SEE afirmou que está acompanhando a situação e que solicitou uma visita da Defesa Civil para avaliar a infraestrutura do imóvel, além de estar realizando tratativas para a destinação do prédio. Já a Funalfa afirmou que não se posicionaria sobre o tema, devido ao fato de que a edificação seria de responsabilidade do Governo de Minas Gerais.