Um homem de 32 anos foi baleado ao tentar assaltar um policial militar, 35, que estava de folga e sem farda. O caso aconteceu por volta das 23h30 de quarta-feira (19), na Rua Barão de Cataguases, esquina com a Rua Santo Antônio, na região central de Juiz de Fora. Segundo informações do boletim de ocorrência, o PM contou que aguardava a chegada de um amigo quando foi surpreendido por um ladrão. O criminoso estava armado com um objeto não identificado e o ameaçou na calçada, exigindo seu celular. O militar afirmou ter tentado verbalizar com o assaltante e se identificado como policial. No entanto, diante da persistência do bandido em atingi-lo com o artefato que portava, ele sacou sua pistola ponto 40 da cintura e disparou, ferindo o homem na região peniana.
O homem baleado ficou caído no chão, e ao lado dele foi encontrado um pedaço de madeira, o qual teria sido usado na ação criminosa para intimidar o alvo de assalto. O suspeito foi socorrido pelo Samu até o HPS, onde permanece internado sob escolta. De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, o paciente encontra-se lúcido, orientado e estável. A PM verificou registros de ocorrências no qual o suspeito figura como suposto autor de tráfico, furto, ameaça e rixa. Questionado sobre o ocorrido, o homem alegou ser usuário de drogas e disse ter investido contra o pedestre para sustentar seu vício, “tentando espetá-lo” para tomar seu telefone.
O militar envolvido no caso é da ativa e está lotado no 1º Pelotão de Trânsito Rodoviário, pertencente à 4ª Companhia da Polícia Militar Rodoviária (PMR). Ele foi conduzido por lesão corporal ao plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha. O policial teve a arma recolhida para averiguação, junto com 14 munições intactas. “O delegado entendeu que ele agiu em legítima defesa. Então foi liberado, e a arma será devolvida ao militar. Ao assaltante foi dada voz de prisão em flagrante por roubo, mas ele continua no HPS sob escolta policial”, explicou o comandante do 1º Pelotão de Trânsito Rodoviário, tenente Júlio César de Almeida.
O tenente Almeida também reforçou a dinâmica dos fatos: “O policial foi abordado por um cidadão que, de posse de um objeto, simulando ser uma arma, solicitava o celular. E a todo momento partia para cima dele, tentando fazer agressões físicas com essa suposta arma. Se sentindo acuado, o militar identificou-se como policial, pedindo para ele parar, o que não ocorreu. Após verbalizar muito, ele não teve outra alternativa a não ser efetuar o disparo contra o suspeito. O próprio militar acionou o Samu.”
Ainda conforme o comandante, como o policial estava de folga, foi considerado crime comum, e não haverá procedimento administrativo por parte da PM. A perícia da Polícia Civil foi acionada e realizou levantamentos no local dos fatos.