Ícone do site Tribuna de Minas

Greve dos servidores estaduais da saúde afeta serviços em Juiz de Fora

manifetação saúde capa marcelo
Atualizada às 17h27
Funcionários realizaram manifestação em frente ao Hemominas na manhã desta quarta-feira. (Foto: Marcelo Ribeiro)
PUBLICIDADE

Os serviços nas unidades estaduais de saúde em Juiz de Fora começaram a apresentar, nesta quarta-feira (20), reflexos do movimento grevista convocado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores de Saúde de Minas Gerais (SindSaúde/MG), por conta da indefinição sobre o pagamento do 13º salário. No Hemominas, por exemplo, o serviço de coleta de sangue estava lento pela manhã, demorando cerca de duas horas e meia para ser concluído.

A dona de casa Joelma Maria da Silva, 35 anos, saiu da cidade de Santos Dumont para realizar a doação. Ao chegar na unidade, foi surpreendida pelo movimento. “Das outras vezes que doei o processo não durou mais do que uma hora. Mas eu compreendo a causa deles. Sou favorável ao movimento”, destacou. O serralheiro Jean Wallace, 24, também precisou aguardar o mesmo tempo para concluir sua doação. “Cheguei a pensar em desistir, mas acabei ficando. Acabou que não me atrasou tanto”.

PUBLICIDADE

Segundo o SindSaúde/MG, o Hemominas está operando com o efetivo reduzido em 30%, o que tem tornado o atendimento lento. “É importante ressaltar que a população continuará a ser atendida, mesmo depois do preenchimento das 40 senhas. Chegamos a esse número pois entendemos que é uma quantidade mínima para não haver sobrecarga no serviço. Não vamos impedir nenhum doador de doar”, explicou o diretor estadual do SindSaúde/MG de Juiz de Fora, Fabiano Ponciano.

PUBLICIDADE

O diretor ainda reiterou que o Hemominas é o único órgão a fazer a captação de sangue na cidade e também por encaminhar as bolsas para os hospitais que realizam cirurgias de transplante de órgãos. “Casos de urgência e emergência serão atendidos”.

Outras unidades

PUBLICIDADE

No Hospital João Penido e no Palácio da Saúde, o efetivo também foi reduzido. “O João Penido está trabalhando com 30%, mas em setores como CTI, centro cirúrgico e neonatal, o serviço opera com 50%. Os atendimentos e internações serão diminuídos, e cirurgias eletivas marcadas serão suspensas”, destacou a também diretora do sindicato, Lenir Romani. No Palácio da Saúde, o setor administrativo opera com 50%, o que corresponde a funcionários terceirizados.

Lenir destaca que, enquanto o Governo do Estado não concretizar tudo aquilo que teria prometido, a categoria segue em greve. “É um completo descaso o que esta gestão está fazendo com os servidores da saúde. O ano inteiro recebemos os salários parcelados e agora não temos certeza de quando o 13° será pago. Pedimos a compreensão da população a respeito deste momento. Não queremos, de forma alguma, comprometer o acesso aos serviços. Lembrando que nós, servidores, também somos usuários desses serviços”, comentou.

PUBLICIDADE

Até a manhã desta quarta, o sindicato informou que não houve nada de oficial, apenas um informe dizendo que o Governo irá se reunir com todos os sindicatos nesta quinta (21) para definir o calendário de pagamento. Por enquanto, a paralisação segue sem alteração.

Sair da versão mobile