O superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, Carlos Capistrano, e o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, Carlos Roberto da Silveira, falaram à imprensa na tarde deste sábado (20) sobre o confronto entre policiais civis de São Paulo e Minas Gerais, ocorrido no estacionamento do Centro Médico Hospital Monte Sinai na tarde de sexta-feira (19), e que resultou na morte do policial civil Rodrigo Francisco, o Chicão, lotado em Juiz de Fora, e na apreensão de cerca de R$ 14 milhões em dinheiro. Segundo Capistrano, foram autuados quatro policiais civis do Estado de São Paulo por lavagem de dinheiro, um – internado em estado grave – por homicídio e três de Minas Gerais por prevaricação, que é o crime cometido por agente público que vai contra seu ofício. Outros cinco policiais de São Paulo foram ouvido e liberados.
“Nós autuamos quatro policiais civis do Estado de São Paulo pelo crime de lavagem de dinheiro. Os outros cinco policiais de São Paulo foram liberados. Um dos autores, que está no hospital em estado grave, mas estável, está sendo autuado pelo crime de homicídio consumado. O outro, que também estava na cena do crime, é o proprietário do dinheiro, (e está sendo autuado) pelo estelionato tentado. Os policiais civis de Minas Gerais foram autuados pelo crime de prevaricação”, disse o superintendente em comunicado, sem autorizar perguntas da imprensa.
Segundo Capistrano, as investigações ainda serão aprofundadas, para que se possa “elucidar melhor o ocorrido” na sexta-feira. “Temos que juntar agora os laudos periciais, que demora um pouco, o laudo de necropsia do nosso companheiro policial civil falecido ontem, para que possamos dar uma resposta ainda melhor do que essa que nós estamos dando nesse momento face à complexidade de todo esse assunto.”
Ouvido posteriormente, Carlos Roberto da Silveira confirmou que o autor do homicídio está internado em estado grave e sob escolta policial, assim como a pessoa que estava com o dinheiro e foi autuada por estelionato tentado. Silveira também confirmou que três policiais civis de Minas Gerais foram autuados por prevaricação, mas não explicou se Rodrigo Francisco também estaria cometendo delito. Perguntado sobre o porquê da liberação dos cinco policiais paulistas, Silveira disse que “aí vai atrapalhar as investigações, os outros não estavam na cena do crime”, e encerrou o assunto.