A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) realizou, no dia 14 de setembro, a primeira fase da campanha de vacinação antirrábica na zona urbana. No total, 35.017 animais foram imunizados, sendo 28.699 cachorros e 6.318 gatos. Além da campanha, que contou com 91 postos disponíveis na cidade, são disponibilizados os chamados postos volantes, que realizam busca ativa para ampliar a cobertura vacinal. A programação dos locais a serem contemplados nos próximos dias não foi divulgada pela Prefeitura.
Aqueles que, porventura, tenham perdido a primeira etapa ou para os animais que receberam a primeira dose da vida e necessitam da segunda, terão nova oportunidade no sábado, dia 28 de setembro, durante a Feira de Adoção realizada no Parque Halfeld, ou no dia 19 de outubro, na segunda etapa da campanha.
Importância da vacina
A raiva pode ser transmitida ao homem através da saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, ou por meio de arranhões e lambidas dos animais em mucosas ou feridas. Essa transmissão pode ser causada também por animais domésticos, daí a importância de vaciná-los, pois somente a dose anual mantém esses animais protegidos da doença.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram registrados 240 casos de raiva humana entre 1986 a 1990. Já entre 2010 e 2024, foram 47 registro da doença, sendo nove por mordidas de cães, 24 por morcegos, cinco por primatas não humanos, dois por raposas, quatro por felinos e um por bovino.
Sintomas
O período de incubação da doença varia entre as espécies, mas, nos seres humanos, dura, em média, 45 dias após a contaminação, podendo ser mais curto em crianças. Após a incubação, o paciente passa por um período de dois a dez dias com mal-estar geral, aumento sutil de temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Passado esse período, a doença parte para um quadro mais grave, causando ansiedade e hiperexcitabilidade, febre, delírios, espasmos musculares e convulsões. Os espasmos evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias e demais complicações. Esse agravamento pode durar até sete dias. Um período de alucinações antecede o quadro terminal, até que o paciente entre em coma e possa vir a falecer.