Considerada uma das maiores avenidas em linha reta do país, a Avenida Barão do Rio Branco também está entre as dez vias mais perigosas para pedestres em Minas Gerais. Dados do Observatório de Segunda Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), revelam que, apenas de janeiro a julho deste ano, 16 pessoas foram vítimas de atropelamentos em algum trecho dos cerca de seis quilômetros de extensão, que vai desde o Bairro Cruzeiro do Sul até o trevo da Rua Paracatu, entre os bairros Santa Terezinha e Bandeirantes, na Zona Nordeste. Em plena Semana Nacional do Trânsito, a estatística reforça a necessidade de ações educativas para conscientizar pedestres e condutores sobre a importância da segurança no trânsito.
O levantamento da Sejusp aponta, ainda, que 201 pessoas foram atropeladas na Rio Branco desde 2018, colocando a avenida na sétima posição dos segmentos mais perigosos de Minas Gerais, a maioria deles em Belo Horizonte. O Anel Rodoviário da capital do estado, aparece em primeiro, com 389 casos, seguido pela avenidas Afonso Pena (338), Amazonas (257), Cristiano Machado (242), Contorno (210) e Presidente Antônio Carlos (207), todas em Belo Horizonte.
Além da Rio Branco, a única via que está entre as 10 mais perigosas do estado fora da capital mineira é a Avenida João César de Oliveira, em Contagem, na Região Metropolitana, com 14 atropelamentos em 2023 e 164 no acumulado dos últimos cinco anos. Por fim, aparecem a Avenida dos Andradas (155) e a Rua Padre Pedro Pinto (130), ambas em Belo Horizonte.
Em números gerais, 3.958 pedestres sofreram acidentes em Minas nos primeiros sete meses do ano, representando aumento de 2,7 % na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 3.851 registros. Só na capital, 854 foram vítimas de atropelamentos no período analisado em 2023, ou quase 5% a mais do que as 812 de 2022. Os casos fatais chegaram a 140 em Minas até julho, sendo 22 dessas vítimas em Belo Horizonte. No mesmo período do ano passado houve 151 óbitos no estado, sendo 26 deles na capital.
Jovem morre na Rio Branco
Uma das ocorrências fatais deste ano aconteceu na Avenida Rio Branco, na noite de 2 de janeiro, próximo ao Cruzeiro do Sul. Um jovem de 26 anos não resistiu após ser atropelado por um carro. O motorista não apresentava sinais de embriaguez e possuía habilitação, segundo a Polícia Militar. Um atendente da pizzaria localizada em frente ao local relatou aos policiais que a vítima havia comprado algumas pizzas. Durante o atendimento, pediu um pote de vidro e iria mostrar os itens para uma pessoa na rua, quando aconteceu o acidente.
Atropelamentos recentes
O dia a dia em Juiz de Fora reforça os dados da Sejusp. Pelo menos dois pedestres foram atropelados na Avenida Rio Branco nos dois últimos meses, que ainda não entraram nas estatísticas. No sábado (16), um idoso, de 64 anos, foi atropelado por ônibus no Centro. Apesar do susto, o homem estava consciente e com escoriações nas mãos, sendo socorrido e encaminhado para o Hospital da Unimed.
O outro caso, em 16 de agosto, também envolveu um coletivo e vitimou um adolescente, de 14 anos. Ele atravessava a Rio Branco, próximo à esquina com a Avenida Itamar Franco, no Centro, quando foi atingido. Segundo o Samu, o jovem foi atendido e encaminhado para atendimento médico.