A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), com apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizou, nesta terça-feira (20), uma capacitação para jornalistas e estudantes da área sobre a abordagem de pessoas com deficiência física na mídia e no jornalismo. O encontro, que ocorreu na véspera do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, discutiu sobre termos e estigmas reproduzidos e buscou capacitar os profissionais sobre os termos inclusivos que devem ser adotados – e inclusive estão previstos pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015.
A reunião intitulada “O capacitismo na mídia – fuja de estereótipos, contou com as participações dos representantes da SEDH, Rita Petronilho e José Wilson Júnior, e também da presidente do Conselho Municipal, Maria Valéria de Andrade. Para Rita Petronilho, o encontro é mais um passo para que se avance no processo de inclusão de todas as pessoas e se discuta sobre o capacitismo – termo utilizado para descrever uma situação em que a pessoa com deficiência é subestimada ou superestimada devido à sua condição. Na avaliação dela, também é papel do jornalismo desconstruir estereótipos até então reforçados pela própria mídia.
Durante a capacitação, os debatedores reforçaram a importância de os jornalistas sempre perguntarem sobre a melhor forma e/ou local de entrevistarem uma pessoa com deficiência física, além de não utilizarem termos capacitistas e incorretos como “cadeirante”, “deficiente”, “portador de deficiência”, “pessoa com necessidades especiais” e “especial”. Conforme os representantes, estes termos limitam e reduzem a pessoa à sua deficiência. Atualmente, o termo correto para se referir a alguém com algum tipo de limitação é pessoa com deficiência.